10/10/2013 - 10h07
- Economia
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Houve queda em praticamente todos os portes de rebanhos brasileiros. Os asininos e os muares apresentaram as maiores reduções (7,4% e 3,8%, respectivamente) entre os de grande porte. A menor queda nesse segmento ocorreu entre os bovinos de corte e de leite (-0,7%), que são “o grande personagem da pecuária nacional”, conforme destacou o engenheiro agrônomo Otávio Oliveira, gerente de Pecuária do IBGE e responsável pela pesquisa.
A exceção foi o efetivo de codornas, que
mostrou expansão de 5,6%, estando concentrado, principalmente, em São
Paulo, que responde por 51,1% do total. A valorização de 27% no preço
dos ovos de codorna tornou a atividade mais atrativa. Em consequência, a
produção cresceu 9,4%. “O preço médio do ovo de codorna subiu bastante,
tornou a atividade mais atraente e houve a resposta dos produtores,
aumentando o plantel”, disse Oliveira.
O engenheiro disse que a variação de queda
foi menor entre os bovinos, porque os fatores que influenciaram a
pecuária geral, em 2012, afetam menos os animais de grande porte que
estão mais concentrados no Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país, regiões
nas quais as pastagens sofreram menos. O efetivo de bovinos somou, em
dezembro do ano passado, 211,279 milhões de cabeças, levando o Brasil a
ocupar o segundo lugar no ranking mundial, atrás da Índia, cuja criação, diferentemente da brasileira, não tem fins comerciais.
Os maiores efetivos de bovinos foram encontrados, em 2012, nos estados de Mato Grosso (13,6%), Minas Gerais (11,3%), Goiás (10,4%), Mato Grosso do Sul (10,2%) e do Pará (8,8%). Em conjunto, essas participações representaram 54,4% do efetivo nacional, no ano passado. Em termos de municípios, a liderança foi exercida por São Félix do Xingu, no Pará; Corumbá e Ribas do Rio Pardo, ambos no Mato Grosso do Sul.
Já o rebanho de suínos somou 38,796 milhões de cabeças em 2012, mostrando queda de 1,3% no número de animais alojados, comparativamente ao ano anterior. O Brasil ocupou a quinta posição entre os maiores produtores mundiais de carne de suínos e apresentou o quarto maior efetivo dessa espécie animal. Novamente, o Sul deteve a maior participação nacional (49,5%), com destaque para Santa Catarina, com 19,3%.
Apenas duas regiões mostraram aumento do efetivo de suínos. No Sudeste, o crescimento foi 1,5% e, no Sul, 0,6%. A maior queda no rebanho foi observada na Região Centro-Oeste (-7,8%).
Edição: Davi Oliveira
Fonte: Agência Brasil
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