25/09/2013 - 18h12
- Nacional
Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes do movimento negro vinculados à
organização não governamental (ONG) Educafro obtiveram do Ministério do
Planejamento o compromisso de encaminhar até 2 de outubro à Casa Civil
da Presidência da República a regulamentação da Lei de Cotas Raciais
para concursos públicos federais. A pasta confirmou o acordo por meio de
sua assessoria de comunicação. Atualmente, só existem cotas para o
ingresso de deficientes físicos no serviço público federal, com reserva
de 20% das vagas.
Pela manhã, representantes da ONG fecharam duas faixas da pista em
frente a um dos prédios onde funciona o Ministério do Planejamento, no
Bloco K da Esplanada dos Ministérios. Eles também impediram a entrada e a
saída de pessoas do edifício. Depois, tiveram uma primeira reunião com o
órgão que terminou sem acordo. Cinco líderes do movimento ameaçaram
permanecer no local em greve de fome. O grupo foi chamado para uma nova
reunião à tarde, em que foi estabelecida a data para envio do texto
"O Ministério do Planejamento, que durante três anos e 90 dias ficou
com o documento parado na gaveta, assumiu o compromisso de liberar para
a presidenta Dilma [Rousseff] assinar. Foi uma vitória muito grande.
Viremos para cá [para Brasília] acompanhar", disse frei David dos
Santos, diretor executivo da Educafro. Frei David acredita que as cotas
para o serviço público federal estimularão municípios e estados que
ainda não têm o sistema a adotá-lo em seus processos seletivos. "Vários
já adotaram. [A regulamentação] vai dar coragem a todos os prefeitos e
governadores", acredita.
Ainda não há definição sobre o percentual de vagas a ser reservado
para candidatos negros nos concursos públicos federais. "As alternativas
[relativas ao percentual de vagas] estão adiantadas. A gente assumiu
[com o Ministério do Planejamento] o compromisso de manter em segredo".
De acordo com a assessoria de comunicação do Planejamento, os
representantes da ONG Educafro reuniram-se com uma comissão de técnicos.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: Agência Brasil
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