25/09/2013 - 16h36
- Nacional
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os Correios informaram hoje (25) que vão descontar os
dias parados dos salários dos funcionários que estão em greve desde o
dia 17 de setembro. Segundo a empresa, a legislação prevê que a greve
implica a suspensão do contrato de trabalho, mas o momento em que os
descontos serão efetuados ainda não foi definido.
O dissídio coletivo dos Correios deverá ser julgado pelo Tribunal
Superior do Trabalho (TST), porque não houve acordo entre a empresa e os
trabalhadores. Segundo o TST, a empresa pode determinar o desconto dos
dias parados antes do julgamento do dissídio, mas a questão deve ser
incluída na análise do tribunal e pode ser alterada por ele.
A secretária-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em
Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), Anaí Caproni,
questiona a decisão da empresa antes do julgamento do dissídio pelo TST.
“Se eles pediram para o TST julgar a greve, como podem tomar a decisão e
descontar? Inclusive tem que ver quem deu margem à greve, o tribunal
que tem que julgar isso”, avalia.
Segundo a empresa, 92,73% dos empregados (115.426) estão trabalhando
normalmente hoje. Entre os empregados da área operacional (carteiros,
atendentes e operadores de triagem e transbordo), o índice de
trabalhadores presentes é 91,39%. O número é apurado por meio de sistema
eletrônico de presença. Nas cidades de São Paulo, do Rio de Janeiro e
de Bauru (SP) e nos estados do Rio Grande do Norte e de Rondônia, não há
paralisação, segundo os Correios.
A representante dos trabalhadores evita falar em percentual de
empregados que aderiram à greve, mas garante que a paralisação é muito
ampla e atinge setores importantes dos Correios.
A empresa já havia informado que vai pagar até o dia 3 de outubro as
diferenças do reajuste de 8% referentes aos meses de agosto e setembro
aos trabalhadores que fazem parte da base dos sindicatos das cidades de
São Paulo, do Rio de Janeiro e de Bauru e dos estados do Rio Grande do
Norte e de Rondônia, que assinaram o Acordo Coletivo de Trabalho, que já
foi protocolado pela empresa no TST com pedido de extensão aos demais
sindicatos. As vantagens do acordo serão estendidas para todos os
funcionários se os demais sindicatos assinarem o documento até amanhã
(26).
Edição: Fábio Massalli
Fonte: Agência Brasil
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