Publicação: Sábado, 25/08/2012 às 18:33:03
Considerado um dia
decisivo na negociação entre o governo e os servidores públicos federais, o sábado está chegando ao fim
sem avanços. Até o começo da noite de hoje (25), todas as categorias que
participaram de reuniões com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério
do Planejamento, Sérgio Mendonça, recusaram a proposta do governo de reajuste
de 15,8%, escalonados até 2015.
Como era esperado,
auditores e técnicos de fiscalização agropecuária e servidores de 22 carreiras
do ciclo de gestão não aceitaram a proposta. Em contrapartida, a União das
Carreiras de Estado (UCE) apresentou um contraproposta de reajuste de 25,9%,
divididos em fatias anuais de 6%, 8% e 10% até 2015.
A possibilidade de
acordo com os novos patamares foi considerada improvável por Mendonça, mas o
assunto deve ser avaliado pelo governo e voltar a ser discutido na
segunda-feira (27).
A UCE representa
cerca de 50 mil servidores de carreiras estratégicas do funcionalismo federal,
entre eles, do BancoCentral, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
da Receita Federal, do Ministério do Planejamento, do Tesouro Nacional, da
Polícia Federal e da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A menos de semana
do prazo limite para o envio da proposta do Orçamento de 2013, que deve conter
a previsão de gastos com a folha de pagamento, o governo só fechou acordos com
servidores federais da educação, que deflagraram a greve em meados de maio. A
Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior
(Proifes), que representa a minoria dos docentes federais, e a Federação dos
Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra),
representante dos técnicos administrativos universitários, aceitaram a proposta
de 15,8% até 2015.
Mendonça ainda vai
se reunir com servidores do Ministério do Meio Ambiente e de categorias ligadas
ao Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação
(Sinagências). Amanhã (26), prazo limite definido pelo governo para o fim das
negociações, haverá reuniões com representantes dos controladores de voo,
analistas de infraestrutura e trabalhadores das áreas de saúde e seguridade.
Fonte: Agência Brasil
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