O projeto de restauração da Igreja Matriz de São Francisco Xavier,
proposto pela Mitra Diocesana de Itaguaí, está em processo de aprovação
pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). Fundada pelos
jesuítas em 1718, a igreja perdeu suas características originas ao longo
dos anos. Para Fátima Castro, coordenadora do Patrimônio Histórico de
Itaguaí, “a cidade pagou o preço pela falta de sensibilidade dos
prefeitos e de engajamento da população”.
- O que ainda temos de original é a porta principal, a pia bastimal, os dois sinos e algumas imagens de santos - diz Fátima.
As
imagens a que a coordenadora se refere são as de São Francisco Xavier e
de Nossa Senhora do Pilar; além de um pequeno crucifixo e dois pórticos
de acesso ao cemitério, que integra o conjunto da igreja. De acordo com
o Inepac, após o seu restauro, “com base na iconografia antiga
existente”, será a vez da recuperação das imagens, que também serão
tombadas pelo instituto.
- Estamos desde 2004 lutando pela
restauração. Não é simples, mas estamos confiantes - diz o padre
Edmilson da Costa, que esteve à frente da igreja entre 2000 e 2005.
A igreja foi o marco urbanodo município
Atualmente
fechada, com marcas de infiltração e estrutura deteriorada, a
construção é “a única remanescente do aldeiamento jesuítico em Itaguaí,
sendo um marco na história e na ocupação do município, por ter se
tornado o núcleo urbano da cidade”, de acordo com o Inepac. A igreja
ainda guarda uma lenda.
- Há registro de que, embaixo do altar,
havia uma passagem para fuga de escravos e um alçapão para guardar o
ouro poupado pelos jesuítas - afirma Fátima Castro.
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