03/09/2013 - 13h47
- Meio Ambiente
Da Agência Brasil
Rio
de Janeiro - O Programa Lixo Zero – que multa quem joga resíduos
sólidos nas ruas da cidade – chegou hoje (3) ao bairro de Copacabana, na
zona sul, após dez dias de operação no centro da capital. Até o
momento, foram aplicadas mais de 600 multas, cujos valores vão de R$ 157
a R$ 3 mil.
"A abordagem é a mesma. Aqui o que a gente vai observar é um
comportamento diferente. Copacabana é uma mistura de bairro residencial e
comercial. Acredito que aqui vamos passar por todos os tipos de
experiência por ter caráter diferente do centro, predominantemente
comercial", explicou o presidente da Companhia Municipal de Limpeza
Urbana (Comlurb), Vinicius Roriz.
No dia 10, o programa chega a Ipanema, ao Leblon e à Lagoa. Em
seguida, passará pelos demais bairros da zona sul, como Botafogo,
Laranjeiras e Catete. Na zona norte passará inicialmente pela Tijuca, o
Méier e pela zona oeste, no bairro de Campo Grande. "Depois a gente vai
começar a operar com o que se chama de blitz do Lixo Zero. Vamos chegar a qualquer bairro da cidade, de surpresa, e efetuar as inspeções", avisou Roriz.
O modo de operação será semelhante ao aplicado aos motoristas de
trânsito, que, também por lei, são impedidos de consumir bebida
alcoólica e dirigir pelas ruas de todo o país. "Vai ser como na Lei
Seca, você nunca vai saber no dia anterior para onde a equipe vai. Assim
vamos controlar o programa", definiu.
De acordo com a Comlurb, desde que entrou em ação, no último dia 20
de agosto, o Programa Lixo Zero já diminuiu a quantidade de resíduos nas
ruas da capital fluminense em 34%. Um total de 638 fiscais estão
trabalhando na ação, sendo 223 agentes da Comlurb, 223 guardas
municipais e 192 policiais militares, em horário de folga.
O morador de Copacabana Orlando Silvestre, de 37 anos, disse não
concordar com o programa. "Acho um absurdo as pessoas terem que pagar
valores altíssimos simplesmente por terem jogado uma guimba de cigarro
no chão".
Já a moradora antiga no bairro Irandir Neves, de 78 anos, considerou
a ação positiva. "Gostei dessa iniciativa para multar os porcalhões.
Tem muita gente mal-educada na nossa cidade e só quando dói no bolso é
que muda alguma coisa".
Cada equipe de fiscalização é formada por um fiscal, um guarda
municipal e um policial militar. No ato, eles já registram e emitem o
auto de infração. Quem jogou lixo na rua, acessa o site da prefeitura
para imprimir a multa e efetuar o pagamento. Até o momento, um caso foi
levado para a delegacia. Das multas de maior valor, duas chegaram a R$
980. Dez pessoas entraram com recurso e aguardam decisão sobre o caso.
Edição: Valéria Aguiar
Fonte: Agência Brasil
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