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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico vai analisar possibilidade de acionar termelétricas

03/09/2013 - 21h27

    Economia

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) vai analisar amanhã (4), durante uma reunião, a possibilidade de acionar usinas termelétricas para dar mais segurança ao país.  A informação é do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Lobão informou que o governo acompanha a situação da Região Nordeste, que está com os reservatórios em níveis críticos. Os estados nordestinos enfrentaram um blecaute na semana passada e, segundo o governo, a queda de energia foi provocada por uma queimada no Piaui. "Estamos acompanhando com todo cuidado desde muito tempo. Já desligamos algumas térmicas nas reuniões anteriores do CMSE e na ocasião eu próprio disse que, se fosse necessário religar alguma térmica, nós o faríamos. O fato é que não podemos correr riscos", revelou. A medida, no entanto, não agrada ao ministro. "Gostaria que não fosse necessário, mas se for, nós o faremos", disse.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que pretende apresentar alternativas com base em segurança elétrica. "Sempre a gente coloca [as termelétricas em funcionamento], ainda mais agora quando há o blecaute. O período de agosto e setembro são períodos historicamente típicos de queimadas. A partir de outubro começa a diminuir", disse.

Para o diretor do ONS,  é preciso criar regras para isolar as áreas próximas de torres de transmissão para evitar que o sistema seja prejudicado por queimadas, como aconteceu na semana passada e provocou a interrupção da energia nos estados do Nordeste.

Chipp informou que os reservatórios do Nordeste estão com 37% de armazenamento, o que para ele é um nível baixo. "Este ano o Nordeste teve talvez a pior hidrologia do histórico", avaliou. O ministro e o diretor participaram no Rio de Janeiro do encontro Brazil Windpower que discute os investimentos em energia eólica.

Edição: Fábio Massalli

Fonte: Agência Brasil

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