02/09/2013 - 21h18
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff viaja hoje (2) para São
Petersburgo, na Rússia, onde participará da 8ª Cúpula do G20, grupo de
países que reúne as maiores economias mundias. Quinta e sexta-feira
próximas (5 e 6), Dilma terá reuniões também com os chefes de Estado e
de Governo do Brics, bloco que, além do Brasil, é formado pela Rússia,
Índia e China. Os temas em pauta são economia global e estabilidade
financeira, medidas para estimular o crescimento sustentável e
equilibrado, cooperação tributária e incentivos para a geração de
emprego e reformas estruturais, além de energia, desenvolvimento
inclusivo e combate à corrupção.
De acordo com assessores da presidenta, entre os temas incluídos no
debate estão recentes denúncias de espionagem, por agências
norte-americanas, inclusive envolvendo a invasão de dados particulares
de Dilma e assessores. Na cúpula, ela deverá se encontrar com o
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de quem o governo
brasileiro cobrou explicações sobre as denúncias.
A previsão é que Dilma desembarque amanhã (3) por volta das 18h, no
Aeroporto Internacional de São Petersburgo. Na quarta-feira (4), a
presidenta tem agenda privada. Para a quinta-feira, estão previstas
reuniões com o presidente da China, Xí Jinping, e com os chefes de
Governo do Brics, além de um jantar oferecido pelo presidente da Rússia,
Vladimir Putin.
Na sexta-feira, ela participará do encontro dos líderes do G20 com
empresários, executivos e sindicalistas dos mesmos países, o chamado B20
(Business Twenty). A ideia é promover o crescimento global, por meio de
investimentos e melhoria da infraestrutura, do restabelecimento da
confiança no sistema financeiro, do comércio como motor de crescimento,
da inovação e do desenvolvimento como prioridade global, e estimular a
criação de postos de trabalho e emprego e investimento com transparência
e combate à corrupção.
A Rússia está no comando do G20 até o ano que vem, quando entregará a
presidência para a Austrália. O bloco, que engloba os países
industrializados e as economias emergentes, reúne 90% do Produto Bruto
Global e 80% do comércio mundial e dois terços da população do planeta.
Ao final da cúpula, os líderes políticos deverão assinar o chamado
Plano de São Petersburgo, que é a declaração final, que servirá como
base para os acordos do G20, definindo regulações financeiras a curto
prazo e medidas para dar mais fôlego à economia mundial. O texto deverá
incluir compromissos firmados pelo G20, já consagrados em reuniões
multilaterais, e estímulos para a geração de emprego, informam
autoridades russas. Para que os compromissos sejam incluídos na
declaração, é preciso haver consenso de todos os participantes.
*Colaborou Daniella Almeida, da NBR
Edição: Nádia Franco
Fonte: Agência Brasil
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