02/09/2013 - 11h26
- Economia
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Banco Central (BC) fez hoje (2) dois leilões de swap
cambial tradicional, operação equivalente à venda de dólares no mercado
futuro. Para o vencimento do dia 2 de dezembro deste ano, foram
negociados 10 mil contratos no total de US$ 498,4 milhões. No segundo
leilão, com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, foram 20 mil
contratos, no total de US$ 992,7 milhões.
Os leilões de hoje fazem parte da estratégia do BC de injeção diária
de dólares no mercado. Pela programação do BC, de segunda a
quinta-feira serão feitos leilões de swap cambial, com oferta
de cerca de US$ 500 milhões por dia. Às sextas-feiras, será oferecido
até US$ 1 bilhão, por meio dos leilões de venda com compromisso de
recompra. Mas quando anunciou essa programação, no dia 22 de agosto, o
BC informou que faria leilões adicionais sempre que julgasse apropriado.
No último sábado (31), o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse
que o Brasil está preparado para enfrentar as oscilações do mercado
financeiro global, geradas pela decisão dos Estados Unidos de reduzir
estímulos monetários.
Tombini disse que a economia mundial passa por um processo de
transição, com a recuperação econômica dos Estados Unidos. “Diga-se de
passagem, transição positiva, pois significa que a recuperação da maior
economia do mundo está ganhando força e isso representará maior crescimento da economia e do comércio global à frente.”
Apesar das características positivas da transição, Tombini destacou
que o processo de normalização das condições monetárias nas economias
avançadas gera volatilidade (fortes oscilações), principalmente nos
mercados de economias emergentes, como o Brasil. “As economias
emergentes são as mais impactadas por essa volatilidade. Sempre foi
assim. E não é diferente no caso da economia brasileira.”
Segundo o presidente do Banco Central, a estratégia da instituição é
clara: “Usaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir a
volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade
financeira.” De acordo com Tombini, essa estratégia será usada pelo
tempo necessário, até que as condições monetárias sejam normalizadas e
haja maior crescimento da economia e do comércio global.
Desde o fim de maio, o sistema financeiro global enfrenta
turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o
Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a
maior economia do planeta. Com menos dólares em circulação, a cotação da
moeda norte-americana fica mais alta em todo o mundo.
Edição: Talita Cavalcante
Fonte: Agência Brasil
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