Rio de Janeiro
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
Na área de 60 mil metros quadrados ocupada desde a última sexta-feira (31), famílias constroem rapidamente barracos com pouco mais de quatro metros quadrados, usando bambus e lonas plásticas. A grande maioria é de pessoas da própria região, em busca de uma casa própria. Elas argumentam que não conseguem pagar aluguéis cada vez mais caros ou que moram em condições precárias, de favor, na casa de parentes.
É o caso da catadora Vanessa do Couto Maria, que mora com três filhos adolescentes em uma casa de apenas um cômodo. Ela já ergueu seu barraco de lona e trouxe até uma gaiola com passarinho para enfeitar. “Nós não queremos confusão, não queremos quebrar nada. Cato ferro-velho e não tenho condições de pagar um aluguel de R$ 300. Os políticos tiram caixa 1, caixa 2, mas ajudar o povo, ninguém quer. Nós não queremos passar necessidade. Queremos uma moradia”, desabafou Vanessa.
O vizinho Alexandre Bezerra da Silva, que trabalha com biscates ou capinando, também já demarcou seu lote, na esperança de ser incluído em um programa habitacional do governo. “Nós queremos uma moradia digna, não queremos problemas. Queremos lutar pelos nossos direitos. Moro de aluguel e pago R$ 350. Não tenho mais como sustentar o gasto. Coisa errada eu não quero fazer. Então tenho que abraçar esta oportunidade”, disse Alexandre.
O terreno ocupado, segundo a prefeitura de São Gonçalo, pertence à empresa G Bastos Comércio e Indústria de Embalagens Plásticas Ltda. A expectativa dos integrantes do MTST é que haja pedido de reintegração de posse na Justiça. Se isso ocorrer, prometem resistir, mas de forma pacífica.
Fonte: Agência Brasil
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