- 19/11/2014 23h59
- 20/11/2014 09h11
- Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
Edição: Aécio Amado
A abertura da Conferência Nacional de Educação
(Conae) na noite de hoje (19), em Brasília, começou com um pedido de
desculpa do coordenador-geral do Fórum Nacional de Educação (FNE), Francisco das Chagas Fernandes, por causa dos transtornos que algumas
delegações tiveram com a hospedagem. "A primeira questão é pedir
desculpas por alguns transtornos que aconteceram com as nossas
delegações. Nós do fórum temos conhecimento disso e nos empenhamos para
resolver todos os problemas. Vocês sabem que fazemos licitações e temos
empresa responsável desde a alimentação, ao transporte, aos hotéis.
Nossas desculpas pelos transtornos. Estamos tentando resolver da melhor
maneira possível", disse.
Em
seguida, Fernandes anunciou que a palestra que estava prevista para
amanhã (20), do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto
Carvalho, ocorreria hoje. Ao falar, Carvalho minimizou os problemas na
organização e disse que "toda conferência tem um pouco disso". Ele
ressaltou a importância da participação popular, não apenas na educação,
mas também na gestão governamental. "Passou da hora de nós rompermos
com todas as formas de educação dominadora, mas também de governos
autoritários e dominadores. O que estamos realizando neste momento é
simplesmente o exercício dessa nova prática de construção de uma
democracia que nasce na sua raiz e que por isso aumenta em nós a
possibilidade de acertar e diminui a possibilidade de nós errarmos",
disse.
O ministro criticou a derrubada, no Congresso Nacional, do
decreto presidencial que cria a política e o sistema nacional de
participação popular e ressaltou a necessidade de uma reforma política.
"É fundamental que mudemos a correlação de forças e que acabemos
definitivamente com o financiamento empresarial de campanha. Vocês
sabem, o financiamento empresarial de campanha é a forma de
desequilibrar a representação popular no Congresso Nacional", destacou.
"Não se constrói democracia, não se aprofunda a democracia, não se
consagra a participação social em um Congresso que não represente
efetivamente a maioria do nosso povo, por isso está colocado no centro
da nossa questão a reforma política", completou.
Quem
também falou foi o ministro da Educação, Henrique Paim. Ele apresentou
os avanços feitos ao longo dos anos no financiamento e no regime de
colaboração e reconheceu que é preciso avançar mais na educação.
"Sabemos que na educação não pode ser dito só que a palavra mágica é
prioridade, a palavra mágica para educação é compromisso político, e o
compromisso político passa por esse compromisso em relação ao
financiamento", disse.
A Conae vai até domingo (23). O tema
central dos debates é o Plano Nacional de Educação (PNE) na Articulação
do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação
Federativa e Regime de Colaboração. O documento-base a ser discutido
teve origem em emendas apresentadas durante as conferências estaduais e
distrital. Participam educadores, pesquisadores, gestores públicos,
parlamentares e representantes de organizações e entidades sociais, que
debaterão o futuro da educação, da creche à pós-graduação no país.
Fonte: Agência Brasil
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