12/12/2013 - 17h28
- Cidadania
Paulo Victor Chagas
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Na entrega da 19ª Edição do Prêmio dos Direitos Humanos, a
representante do Movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva,
defendeu a desmilitarização da Polícia Militar. Segundo ela, não foi
coincidência receber das mãos do ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, a estatueta do prêmio. "Essa justiça não aparece para nós",
disse.
Débora recebeu o prêmio na categoria Enfrentamento à Violência, e
discursou em nome dos 23 agraciados e dos dois premiados com menção
honrosa.
"Quando a gente sente na pele o que é perder um filho, a gente
também se põe no lugar das vítimas do passado, da ditadura militar, para
a gente comemorar o fim dessa ditadura, a gente tem que desmilitarizar a
polícia", disse, sendo aplaudida pelo público, estimado em 3 mil
pessoas, presente ao evento.
Para a representante do movimento, uma democracia com uma polícia
militarizada é uma "falsa democracia". Débora pediu à presidenta Dilma
Rousseff, que participa da premiação, reparação pelos crimes cometidos
durante maio de 2006.
O Movimento Mães de Maio é formado por mães que tiveram os filhos
assassinados em ações de retaliação aos ataques da organização criminosa
Primeiro Comando da Capital contra policiais militares e civis no
estado de São Paulo, em maio de 2006. De acordo com o movimento, na
capital paulista e na Baixada Santista, cerca de 500 jovens foram mortos
e as ações de retaliação tiveram a participação de agentes do Estado.
Edição: Carolina Pimentel
Fonte: Agência Brasil
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