17/12/2013 - 15h59
- Nacional
Ana Cristina Campos
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília
- Os ministros do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Dias, e da Educação
(MEC), Aloizio Mercadante, assinaram nesta terça-feira (17) acordo de
cooperação técnica que institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec) na modalidade Trabalhador.
A partir de março do ano que vem, serão
ofertadas 500 mil vagas de formação e qualificação profissional para
trabalhadores desempregados cadastrados no Sistema Nacional de Emprego
(Sine), 250 mil vagas para o ProJovem Trabalhador, que atende a pessoas
entre 18 e 29 anos, e 150 mil vagas para o Programa Aprendizagem, para
jovens entre 15 e 24 anos.
Com o acordo, os repasses para ações de qualificação profissional
destinados pelo MTE a organizações não governamentais (ONGs) e
organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) deixarão
de existir a partir do ano que vem.
A medida é anunciada três meses após a Operação Esopo, deflagrada em setembro pela Polícia Federal, que revelou esquema de fraudes em licitações do MTE, com prejuízos estimados em R$ 400 milhões aos cofres públicos.
A operação policial investigou convênios do Instituto Mundial de
Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), uma Oscip, que prestava serviços de
qualificação profissional de trabalhadores. As investigações levaram à
exoneração de três servidores do Ministério do Trabalho, à substituição
do secretário de Políticas Públicas e ao pedido de demissão do
secretário executivo da pasta, Paulo Roberto Pinto.Segundo Manoel Dias, apenas os convênios com o Sine e com o Programa de Economia Solidária do Plano Brasil sem Miséria serão mantidos. Dois convênios do MTE no modelo antigo – um em andamento no Rio de Janeiro e outro em São Paulo, que terminam em abril de 2014 – não serão renovados. “Estamos fazendo uma profunda mudança no ministério para ter transparência total. Para combater a corrupção, só com transparência total”, disse.
O ministro da Educação informou que o MEC não tem convênio com ONGs e Oscips para ensino profissionalizante. “No Pronatec, pagamos por matrícula, por meio de transferência direta para a instituição ofertante do curso: os institutos tecnológicos federais, o Sistema S e as instituições estaduais de formação. A gente não deve liberar recursos para aquilo que a gente não consegue fiscalizar”, disse Mercadante.
No Pronatec Trabalhador serão ofertados 840 cursos técnicos e de formação continuada. “Não são cursos escolhidos aleatoriamente. O Ministério do Trabalho fez o mapeamento considerando as demandas dos estados e municípios e do mercado de trabalho. A partir desse diagnóstico, o ministério propôs ao MEC as vagas que agora oferecemos”, disse Manoel Dias.
Edição: Davi Oliveira
Fonte: Agência Brasil
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