25/12/2013 - 14h23
Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As denúncias sobre as práticas de espionagem conduzidas pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos foi um dos assuntos de maior destaque internacional em 2013. As informações divulgadas pelo ex-consultor contratado para prestar serviço à NSA, Edward Snowden, colocaram a segurança na internet e o direito à privacidade na pauta de organizações internacionais e na agenda bilateral de diversos países.
A primeira denúncia que veio à tona foi relacionada ao Brasil e ao monitoramento das comunicações da presidenta Dilma Rousseff, em setembro. O governo brasileiro reagiu considerando o episódio inadmissível e cobrando explicações formais dos Estados Unidos.
As justificativas do governo norte-americano, no entanto, não foram suficientes para revogar a decisão de Dilma que, após as denúncias optou por cancelar uma visita de Estado ao país, que estava programada para o mês seguinte, outubro. A descoberta de espionagem gerou duras críticas do Brasil aos Estados Unidos na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em setembro.
Posteriormente ao caso brasileiro, foram divulgados dados que comprovaram a mesma conduta norte-americana em relação a outros países, entre os quais a França, a Espanha e a Alemanha, que expressaram indignação em relação ao caso e se uniram ao Brasil na demanda por explicações, mudanças e regulação.
A Alemanha e o Brasil, apresentaram uma resolução à ONU sobre o tema, que foi aprovada por unanimidade.
Em meio às denúncias, a situação de Edward Snowden foi tema de apelos de simpatizantes e de organizações não governamentais (ONGs), que multiplicaram pedidos e campanhas por asilo político. O ex-consultor acabou sendo acolhido temporariamente pela Rússia.
Recentemente, com a aproximação do fim do asilo russo, foi organizada mais uma campanha para que o Brasil desse asilo a Snowden, o que não foi reconhecido pelo governo como um pedido formal.
Edição: Denise Griesinger
Fonte: Agência Brasil
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