12/12/2013 - 15h43
- Política
Yara Aquino e Thais Araujo
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
Brasília
- Após reunião hoje (12), no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma
Rousseff e o presidente francês, François Hollande, defenderam a união
de esforços entre os dois países na área de defesa cibernética. Brasil e
França foram alvo de espionagem pela Agência Nacional de Segurança
(NSA, em inglês) americana.
“Muito nos interessa uma parceira com a França em todas as áreas que
dizem respeito à defesa cibernética”, disse Dilma em declaração à
imprensa. “Queremos ser sócios na construção de uma ordem mundial mais
justa, mais igualitária e democrática”, acrescentou.
A presidenta convidou Hollande para participar de evento sobre
governança cibernética que ocorrerá em São Paulo, em abril do próximo
ano, e reunirá representantes de governos e sociedade civil. Hollande
respondeu que enviará uma delegação francesa.
O presidente da França disse que é preciso ter reações firmes em
relação ao tema. “Uma série de revelações faz com que tenhamos uma
reação firme e que tenhamos uma política que proteja nossos direitos e
evite que isso se repita.”
Ele informou que, durante a reunião, reiterou o apoio da França à
iniciativa tomada por Dilma quanto à governança digital. Em novembro,
Brasil e Alemanha apresentaram na Assembleia Geral das Nações Unidas um
projeto de resolução sobre o direito à privacidade na era digital.
“Apoiamos essa iniciativa porque ela é necessária para nossa soberania e
também para as liberdades individuais”, destacou Hollande.
Os conflitos na Síria também foram tratados na conversa. “O Brasil
conta com expressiva população de descendência síria e continua apoiando
esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito, bem como a urgência em
combater a crise humanitária que se abate sobre o país”, destacou Dilma.
Hollande também expressou preocupação com a paz na Síria. “Conseguimos a
destruição das armas químicas, mas ainda não a paz”, disse ele.
Sobre o Irã, Dilma destacou que o Brasil espera a conclusão
satisfatória de um acordo que atenda às preocupações da comunidade
internacional e, ao mesmo tempo, respeite o direito iraniano de usar
energia nuclear de forma pacífica.
Ao encerrar o discurso, a presidenta Dilma, em tom bem-humorado,
disse esperar que a França tenha um bom resultado na Copa do Mundo de
2014, mas ressaltou ter certeza da vitória do Brasil no Mundial. “Tenho
certeza de que o Brasil sairá vencedor, porém considero importante que a
França tenha uma colocação muito expressiva. Isso como torcedora.”
Edição: Talita Cavalcante
Fonte: Agência Brasil
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