Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
De acordo com Elaine, a investida da polícia não foi comunicada à prefeitura – que faz um programa que acolhe dependentes químicos na região – e nem à Polícia Militar – que tem um posto policial na área – por se tratar de uma “ação penal pública incondicional”. Ela também disse que não conversou com o secretário de Segurança Pública do estado, Fernando Grella.
Segundo a diretora, os policiais, com viatura descaracterizada e à paisana, foram à Cracolândia para prender um traficante. No entanto, foram recebidos com agressão. “Os policiais foram recebidos a pauladas, quebraram a viatura, feriram o policial, e aí foi pedido reforço. E nós mandamos o reforço para poder concretizar a prisão”, disse.
O reforço teve oito viaturas da Polícia Civil e 24 policiais. Eles portavam armamentos antimotim, como bombas de efeito moral, e não tinham munição letal. Quando chegaram, efetuaram as prisões e as detenções.
A diretora disse que o procedimento adotado hoje é corriqueiro e não será revisto. Ela informou que que já prendeu 65 suspeitos de tráfico de drogas na Cracolândia em ações similares. “O programa da prefeitura eu não conheço a fundo, deve ser mais social. O meu problema é policial”, disse.
Alana Novais compareceu à delegacia à procura do marido, José Américo Gomes de Novais, um dos detidos na ação. Segundo ela, Américo estava na Cracolândia fazendo compras e foi preso porque filmou a ação da polícia. “Ele começou a filmar a polícia batendo em 'nóia' [viciado em crack] e foi detido”, disse. A prisão, segundo ela, ocorreu no Largo Coração de Jesus.
Fonte: Agência Brasil
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