Política
Publicação: 22/01/2014 22h45
Atualização: 23/01/2014 12h41
Localização: Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
Brasília - O Tribunal de Justiça de Goiás recebeu hoje (22) denúncia
proposta pelo Ministério Público contra o ex-senador Demóstenes Torres,
o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos
Cachoeira, e o ex-diretor da Construtora Delta, Claudio Dias de Abreu.
Eles são acusados de crimes de corrupção, que foram apurados na Operação
Monte Carlo, da Polícia Federal, deflagrada em 2012.
Segundo o Ministério Público, Demóstenes Torres recebeu vantagens
indevidas para favorecer Cachoeira e Dias de Abreu entre junho de 2009 e
fevereiro de 2012, período em que ele ocupava o cargo de senador. O MP
apurou que o ex-senador recebeu mais de R$ 5 milhões, garrafas de
bebidas importadas e eletrodomésticos de luxo.
Os procuradores também identificaram que Demóstenes participou
ativamente da negociação de interesses da Delta na prefeitura de
Anápolis (GO) em julho de 2011. Não há indício de que o prefeito tenha
aceitado o valor oferecido.
As denúncias resultaram da participação do ex-senador nos episódios
relativos às operações Vegas e Monte Carlo, que apuraram esquema de
corrupção e exploração ilegal de jogos em Goiás e no Distrito Federal.
Primeiramente, o material relativo a Demóstenes foi enviado ao Supremo
Tribunal Federal (STF), mas, com o afastamento dele do cargo político e a
perda da prerrogativa de foro, os autos foram encaminhados à Justiça
goiana. O ex-senador renunciou ao mandato em 2012.
Fonte: Agência Brasil
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