Publicação: 22/01/2014 23h12
Atualização: 23/01/2014 12h49
Atualização: 23/01/2014 12h49
Localização: Brasília
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
Brasília - O secretário-geral do Itamaraty, Eduardo dos Santos, disse hoje (22) que não haverá solução para o conflito sírio enquanto a oposição e o governo do país continuarem recebendo recursos financeiros e armas do exterior. Segundo o embaixador, o fim da guerra civil, que já deixou mais de 130 mil mortos, só será possível depois que ambos os lados se comprometerem com o cessar-fogo.
Eduardo dos Santos, que representa o Brasil na Conferência de Paz sobre a Síria, criticou o “silêncio” e a “paralisia” do Conselho de Segurança das Nações Unidas quanto ao tema, o que, para ele, comprometeu “por um longo tempo a resolução” do conflito. “Como membro do conselho no mandato 2010-2011, o Brasil buscou minimizar essa percepção de fracasso que apenas reforçou o chamado para uma reforma urgente e abrangente do Conselho de Segurança”, disse o embaixador durante intervenção no evento.
A Conferência Genebra 2 começou nesta quarta-feira na Suíça com a declaração do secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, de que há esperança após quase três anos de sofrimento e conflito doloroso. Cerca de 40 países participam do evento.
“Não haverá solução para o conflito na Síria enquanto ambos os lados continuarem a receber recursos financeiros e armas do exterior”, disse o representante brasileiro. Membros da oposição síria contestam o apoio do governo iraniano, que não participa da conferência, ao regime de Bashar Al Assad.
De acordo com dos Santos, o debate dos próximos dias não deve determinar as decisões a serem tomadas pela Síria nem aceitar a militarização do confronto. “O melhor cenário para a conferência é formar um compromisso amplo e sólido para ajudar os sírios a superar pacificamente suas diferenças mediante negociações”, disse.
Ao sugerir medidas concretas para a solução do conflito, o embaixador brasileiro enumerou a criação de um órgão neutro de transição que tenha diálogo abrangente e plenos poderes, o retorno seguro dos refugiados que queiram voltar ao país, a responsabilização judicial dos praticantes de violações de direitos humanos e a suspensão das sanções econômicas unilaterais regionais impostas à Síria.
O secretário-geral do Itamaraty disse ainda que os países deveriam recorrer aos princípios da solidariedade internacional e da divisão de responsabilidades quando se depararem com sírios que procuram asilo. “Desde setembro de 2013, o Brasil decidiu facilitar vistos de entrada para todos aqueles de nacionalidade síria que buscam asilo”, relatou.
A conferência se iniciou na cidade suíça de Montreux com a participação dos representantes internacionais em uma sessão ministerial. A partir de sexta-feira (24), haverá negociações entre governo e oposição sírios em Genebra.
Brasília - O secretário-geral do Itamaraty, Eduardo dos Santos, disse hoje (22) que não haverá solução para o conflito sírio enquanto a oposição e o governo do país continuarem recebendo recursos financeiros e armas do exterior. Segundo o embaixador, o fim da guerra civil, que já deixou mais de 130 mil mortos, só será possível depois que ambos os lados se comprometerem com o cessar-fogo.
Eduardo dos Santos, que representa o Brasil na Conferência de Paz sobre a Síria, criticou o “silêncio” e a “paralisia” do Conselho de Segurança das Nações Unidas quanto ao tema, o que, para ele, comprometeu “por um longo tempo a resolução” do conflito. “Como membro do conselho no mandato 2010-2011, o Brasil buscou minimizar essa percepção de fracasso que apenas reforçou o chamado para uma reforma urgente e abrangente do Conselho de Segurança”, disse o embaixador durante intervenção no evento.
A Conferência Genebra 2 começou nesta quarta-feira na Suíça com a declaração do secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, de que há esperança após quase três anos de sofrimento e conflito doloroso. Cerca de 40 países participam do evento.
“Não haverá solução para o conflito na Síria enquanto ambos os lados continuarem a receber recursos financeiros e armas do exterior”, disse o representante brasileiro. Membros da oposição síria contestam o apoio do governo iraniano, que não participa da conferência, ao regime de Bashar Al Assad.
De acordo com dos Santos, o debate dos próximos dias não deve determinar as decisões a serem tomadas pela Síria nem aceitar a militarização do confronto. “O melhor cenário para a conferência é formar um compromisso amplo e sólido para ajudar os sírios a superar pacificamente suas diferenças mediante negociações”, disse.
Ao sugerir medidas concretas para a solução do conflito, o embaixador brasileiro enumerou a criação de um órgão neutro de transição que tenha diálogo abrangente e plenos poderes, o retorno seguro dos refugiados que queiram voltar ao país, a responsabilização judicial dos praticantes de violações de direitos humanos e a suspensão das sanções econômicas unilaterais regionais impostas à Síria.
O secretário-geral do Itamaraty disse ainda que os países deveriam recorrer aos princípios da solidariedade internacional e da divisão de responsabilidades quando se depararem com sírios que procuram asilo. “Desde setembro de 2013, o Brasil decidiu facilitar vistos de entrada para todos aqueles de nacionalidade síria que buscam asilo”, relatou.
A conferência se iniciou na cidade suíça de Montreux com a participação dos representantes internacionais em uma sessão ministerial. A partir de sexta-feira (24), haverá negociações entre governo e oposição sírios em Genebra.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comente