Uma recuperação técnica nesta quarta-feira. As atenções estiveram voltadas para eventos e notícias domésticas com efeito direto sobre empresas relevantes da bolsa, como Vale, Banco do Brasil e Gafisa. Lá fora, as bolsas americanas reagiram ao dado abaixo do esperado de geração de emprego medido pela ADP e também à nova ameaça da Coreia do Norte de ataque aos Estados Unidos.
O Ibovespa fechou em alta de 1,23%, aos 55.562 pontos, com forte volume de R$ 7,352 bilhões, como não se via há vários pregões. Entre as mais negociadas, Vale PNA avançou 5,84%, para R$ 33,70; Vale ON ganhou 6,47%, para R$ 35,35; Petrobras PN subiu 1,69%, a R$ 18,00; e OGX ON recuou 0,44%, a R$ 2,22.
As ações da Vale reagiram a uma série de notícias. A mais relevante foi o voto favorável do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa no processo que discute a cobrança de imposto sobre lucros de controladas no exterior.
Mais cedo, o ministro Edison Lobão declarou que esperava bater hoje o martelo sobre o novo marco regulatório do setor mineração com a presidente Dilma Rousseff. Ele confirmou que o governo vai criar uma participação especial, como a que já existe no setor de petróleo. A alíquota média dos royalties deve subir de 2% para 4%.
Outra notícia com impacto sobre a Vale foi o crescimento do setor de serviços da China, que atingiu máximas de vários meses em março, quando um aumento da construção e uma demanda mais firme impulsionaram os negócios e a confiança.
No topo dos ganhos do Ibovespa ficaram Rossi ON (9,35%) e Gafisa ON (6,66%). Reportagem do Valor revelou que a Gafisa recebeu quatro ofertas pelos ativos de Alphaville, que vão de R$ 1,85 bilhão até R$2 bilhões. “Nós achamos que qualquer negócio que permita destravar o valor da empresa é positivo para o papel”, diz o J.P. Já a Rossi voltou a subir no embalo de seu plano estratégico dos próximos três anos, que trouxe uma mudança radical no seu foco de atuação.
Na outra ponta da bolsa ficaram PDG Realty ON (-5,53%), MMX ON (-3,75%) e Embraer ON (-3,15%). Segundo operadores, investidores do segmento de construção teriam migrado de PDG para Rossi e Gafisa.
Outro destaque negativo do dia foi Banco do Brasil ON (-2,16%), que anunciou hoje os detalhes da oferta inicial (IPO, na sigla em inglês) da BB Seguridade. O banco espera captar até R$ 12 bilhões na operação. O preço final será definido em 23 de abril. O intervalo sugerido varia de R$ 15 a R$ 18 por ação.
Segundo operadores, as ações do banco devolveram parte da alta recente, quando subiram na expectativa de quais seriam as condições do IPO. “É natural o investidor reduzir sua posição em BB até para levantar recursos para participar do IPO”, lembrou uma fonte,
Além disso, os papéis reagiram à reportagem da “Folha de S.Paulo”, de que o BB ofereceu R$ 2 bilhões por uma participação de 25% no Banco Votorantim por meio da compra de ações PN, o que elevaria a participação do banco estatal para 75%. “O potencial múltiplo de aquisição é de 0,97 P/BV 12A (dado que o patrimônio líquido do BV em dezembro foi de R$8,2 bilhões), o que, em nossa opinião, é um múltiplo justo”, disse o BES Securities em relatório.
Fonte: Valor Econômico/Portal ClippingMP
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