Publicação: Sexta-feira, 05/04/2013 às 21:10:00
Moradores da antiga Colônia Tavares Macedo, de hansenianos, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, vão receber o título de posse de suas casas, após a regularização possibilitada pelo Termo de Cooperação Técnica assinado hoje (5) entre a Secretaria Estadual de Habitação e o município.
O secretário informou que esse foi o primeiro termo técnico para a regularização fundiária celebrada entre o governo do estado e o município. “Nós vamos capacitar profissionais do município para auxiliar nesse processo de regularização. A previsão é que a gente possa chegar a 10 mil títulos entregues em Itaboraí até o fim do governo Cabral [governador Sergio Cabral] . A estimativa da prefeitura é que existam 20 mil moradias irregulares no município”.
Segundo Picciani, a primeira comunidade a ser beneficiada, depois da Tavares Macedo, será a do Engenho Velho, além das unidades do antigo Banco Nacional de Habitação (BNH). Outros locais ainda serão identificados pelo município.
A antiga Colônia Tavares Macedo fica a 3,5 quilômetros do centro da cidade de Itaboraí e tem uma área de 950 mil metros quadrados. O local foi criado na década de 20, na época do isolamento compulsório de portadores de hanseníase. De acordo com o secretário, a entrega dos títulos deve ocorrer em junho.
A Tavares Macedo será a terceira colônia de hansenianos do país a ter o tereeno regularizado, depois de Curupaiti, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, e Ernâni Agrícola, em Cruzeiro do Sul, no Acre. De acordo com o coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio, a área da antiga colônia de Itaboraí é quatro vezes maior do que a da Colônia Curupaiti.
“Ela é uma colônia de história rural. Então, a gente teve ocupação desordenada da terra. A área foi sendo invadida, ocupada, tem até cemitério. Precisa reordenar o cemitério, ou municipalizar, trabalhar a legalização fundiária, que foi tratado aqui hoje. Também tem o problema do saneamento, que foi feito na década de 1930 para 200 pessoas, e hoje moram quase 7 mil”.
Custódio disse ainda que precisa ser feita a reordenação da rede elétrica, já que hoje todas as casas são ligadas diretamente ao hospital, e o asfaltamento das vias. De acordo com o secretário Rafael Picciani, o projeto do Iterj vai apontar todas as necessidades do local, que vai receber investimentos do Programa de Aceceleração do Crescimento.
Fonte: Agência Brasil/clicabrasília
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