- 09/03/2014 17h44
- 09/03/2014 15h26
- Brasília
Da Agência Brasil
Edição: Nádia Franco
O prazo dado pela Justiça Federal
para que 427 famílias de não índios deixem voluntariamente a terra
indígena Awá termina hoje (9). A terra está localizada no noroeste do
Maranhão, nos municípios de Centro Novo do Maranhão, Governador Newton
Bello, São João do Caru e Zé Doca.
O governo federal, que cumpre determinação judicial, está
providenciado apoio logístico de transporte para os agricultores
familiares que solicitarem ajuda para retirar os bens das áreas
ocupadas.
No entanto, vários agricultores notificados saíram da região antes do prazo e por meios próprios, informou, em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República.
No entanto, vários agricultores notificados saíram da região antes do prazo e por meios próprios, informou, em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República.
A coordenação da Operação Awá, formada por equipe interministerial,
dispõe de caminhões e veículos diversos para fazer a remoção das
famílias e desconstruir moradias, cercas, estradas e demais edificações
dentro da terra indígena.
De acordo com a nota, o governo federal assentará as 224 famílias que
atendem aos critérios do Plano Nacional de Reforma Agrária. No total, o
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) cadastrou
265 famílias. Para atender as que têm perfil de reforma agrária, o Incra
dispõe de dois assentamentos, Parnarama e Coroatá, com 570 vagas, o
suficiente para incluir todos os posseiros. As famílias cadastradas
terão ainda benefícios como Crédito Apoio e Fomento, Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), vias de acesso,
assistência técnica e políticas públicas como o Minha Casa, Minha Vida,
Luz para Todos e Água para Todos. Todas as famílias de baixa renda
notificadas receberão cestas básicas do governo federal.
A nota da Secretaria-Geral acrescenta que, além de cumprir sentença
judicial, o governo ofereceu outros serviços à população da região.
Foram emitidos 312 documentos, resultado do trabalho da equipe composta
por servidores do Incra, Instituto de Identificação, Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) e Delegacia Regional do Trabalho (DRT-MA). Eles
estiveram na região para providenciar documentos como CPF, Carteira de
Trabalho e Carteira de Identidade, necessários para o cadastro no Incra e
no CadÚnico. Essa ação foi coordenada pelo Ministério do
Desenvolvimento Agrário, por meio do Programa Nacional de Documentação
da Trabalhadora Rural.
No âmbito da operação, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está fazendo o trabalho de medição
para identificar a extensão do desmatamento ocorrido na área. Segundo
análise feita a partir de imagens de satélite disponibilizadas pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com informações do
Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), de
2000 a 2009, a retirada de madeira e as invasões de posseiros
devastaram mais de 30% da área, o que corresponde a aproximadamente 36
mil hectares desmatados.
Fonte: Agência Brasil
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