20/02/2013
O Vaticano pode recorrer à “persuasão”, para evitar que um cardeal acusado de acobertar episódios de pedofilia participe do conclave que elegerá o sucessor do papa Bento XVI. Falando ao jornal italiano La Reppublica, o cardeal italiano Velasio de Paolis, especialista em direito canônico, sugeriu que o ex-arcebispo de Los Angeles Roger Mahony, afastado de todas as funções sacerdotais por seu envolvimento no escândalo, poderá ser “aconselhado” a não comparecer ao encontro, que deverá ser convocado para março.
“É possível que aconselhemos Mahony a não vir, mas se tratará de uma intervenção privada da parte de alguém com grande autoridade”, afirmou o cardeal De Paolis. O religioso admitiu que a situação é “desconcertante” para a Igreja. “A prática comum é recorrer à persuasão”, explicou. “As regras devem ser cumpridas e o cardeal Mahony tem o ‘direito-dever’ de participar e votar no conclave”, acrescentou De Paolis. “Afinal, a consciência (do cardeal Mahony) é que vai decidir se ele deve vir ou não.” Uma associação de católicos americanos, a Catholics United, lançou na semana passada uma petição on-line para que o ex-arcebispo não esteja presente na eleição do novo papa.
Anel do Pescador
Especialistas em direito canônico estudam um pedido do joalheiro italiano Claudio Franchi para que seja quebrada a tradição segundo a qual o anel papal que ele criou há oito anos para Bento XVI deve ser quebrado assim que ele deixar o pontificado. “Espero que guardem e depois exponham o anel, uma joia com grande carga simbólica”, disse o ourives. O Anel do Pescador é um dos símbolos de poder que são usualmente destruídos quando um papa morre, com o propósito de concretizar o fim do pontificado.
Fonte: Correio Braziliense
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