Autor(es): Por Luciana Bruno | Do Rio
21/02/2013
Instalado pela Oi, sistema vai permitir acesso à internet, telefonia
móvel e transmissão de TV a cerca de 70 pesquisadores e militares que
vivem na estação
A operadora Oi inaugurou, ontem, em parceria com o Ministério das
Comunicações e a Marinha, um novo sistema de telecomunicações para a
Estação Antártida Comandante Ferraz, base brasileira na Antártida
incendiada em fevereiro do ano passado.
A empresa já mantinha sistema semelhante na estação desde 2006, mas a
infraestrutura foi destruída pelo incêndio que deixou dois mortos.
O novo sistema, criado para suportar o clima adverso da região, que
chega a 20 graus negativos, permitirá que os cerca de 70 pesquisadores e
militares instalados na base tenham acesso a serviços de internet,
telefonia móvel e recepção de sinal de TV.
Instalado após um mês de trabalho de técnicos da empresa que
viajaram ao local, o serviço tem antenas com sistema anticongelante,
modems, roteadores, terminais para gerenciamento da estação,
pressurizador e antenas de transmissão e recepção de sinais de
telefonia móvel. Também foi reconstruída uma estação terrena de
satélite para ligar a base à rede da Marinha.
"Os equipamentos permitirão que as pessoas que estão aqui possam se
comunicar com seus familiares", disse o comandante da Marinha Julio
Soares de Moura Neto, por videoconferência, da Antártida.
De acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o custo de uma ligação da Antártida é igual ao de uma chamada local.
O governo brasileiro já liberou R$ 40 milhões para a estação, que
ainda não foram totalmente gastos, informou o comandante Moura Neto. A
expectativa é que a reconstrução da base custe € 40 milhões (em torno
de R$ 105 milhões) e que a estação retorne à sua operação normal em
2014.
O comandante da Marinha afirmou que será promovida uma licitação
para a construção de uma nova base na Antártida na segunda metade do
ano, com o início das obras previsto para novembro ou dezembro.
O evento de lançamento do serviço ocorreu no edifício do centro de
gerência de rede da Oi no Rio de Janeiro. Pedro Ripper, diretor de
inovação da operadora, não informou o investimento feito pela empresa.
Não houve custo para o governo.
No último ano, os militares e pesquisadores que retornaram à base na
Antártida para retomar suas pesquisas tinham acesso à internet e ao
telefone com a ajuda de uma antena via satélite montada e desmontada
diariamente.
Fonte: Valor Econômico
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