21/07/2015 17h37
Brasília
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff decidiu transferir parte de sua agenda para a residência oficial do Palácio da Alvorada, enquanto prossegue um protesto dos servidores do Judiciário, que já dura mais de sete horas, em frente ao Palácio do Planalto. O objetivo da manifestação é pressionar a presidenta para sancionar o reajuste da categoria, cujo prazo termina hoje (21).
A reivindicação dos manifestantes é que Dilma sancione integralmente o projeto de lei que reajusta os salários da categoria entre 53% e 78,56%, dependendo da classe e do padrão do servidor. Cerca de 500 manifestantes, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, protestam com guardas-chuvas pretos, faixas e vuvuzelas na Praça dos Três Poderes.
De acordo com a agenda oficial da Presidência, Dilma teria despacho com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, às 15h, no Planalto. Ela cumpriu agenda e foi almoçar no Palácio da Alvorada. Ao sair e voltar ao Planalto, por volta de 14h50, o comboio presidencial passou perto dos manifestantes, que neste momento bloqueiam integralmente a via em frente ao palácio.
Por volta das 15h40, a presidenta retornou ao Alvorada e, até o momento, não há informações sobre a agenda que cumpriu no Planalto. Às 17h30, a agenda oficial prevê despacho de Dilma com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. De acordo com a assessoria do Planalto, Dilma ainda retornará ao Planalto para recebê-lo.
Um grupo de quatro pessoas entrou no palácio com o objetivo de discutir o projeto de aumento do Judiciário com representantes da Secretaria-Geral e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da Repúlica.
De acordo com o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Distrito Federal, José Rodrigues Costa, os representantes dos servidores aguardaram um encontro de manhã e ficaram no Planalto também à tarde, por mais de uma hora, com a promessa de serem recebidos, o que até agora não ocorreu. "Percebemos que não há nenhum interesse, por parte da Presidência e da Secretaria de Relações Institucionais. Vamos retornar agora à categoria e informar que realmente não avançou em nada, porque queríamos aqui fazer algumas tratativas para saber informações sobre como anda a análise da sanção do nosso projeto ou o veto", disse o sindicalista.
Oficialmente, ainda não há confirmação de que representantes do governo vão receber lideranças da categoria. Os servidores pretendem aumentar a mobilização no Congresso Nacional para que os parlamentares derrubem um eventual veto. De acordo com o Sindijus, mais de 300 deputados e 50 senadores já assinaram um documento comprometendo-se com a demanda da dos trabalhadores do Poder Judiciário.
Edição: Jorge Wamburg
Fonte: Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
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