20/07/2015 21h43
21/07/2015 06h27
Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
O governo não tem dinheiro para aumentar o salário dos servidores do Judiciário, de acordo com o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça. "Dinheiro não cai do céu", disse ele hoje (20), após nova rodada de negociação com os servidores do Executivo.
Até amanhã (21), a presidenta Dilma Rousseff decide se veta ou sanciona o projeto de lei que reajusta o salário dos servidores do Judiciário de 53% a 78,56%, dependendo da classe e do padrão do servidor. O projeto de lei da Câmara foi aprovado pelo Congresso Nacional no final de junho.
"Claro que ninguém tem o poder de falar pela presidenta, muito menos eu", disse, acenando para possível veto. Segundo o secretário, o cenário de uma derrubada do veto pelo Congresso Nacional não é comum, mas se isso ocorrer, "vai ter que haver ainda uma discussão sobre onde está o dinheiro e como encaixar esse dinheiro no Orçamento, não tem mágica", acrescentou.
Os servidores estão em greve há 41 dias, em todo o país. Para amanhã está agendado um ato em Brasília, na Praça dos Três Poderes, entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
"Vamos continuar trabalhando e acreditando na sanção até o último momento", disse o coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhdores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), Adilson Rodrigues Santos. A categoria não recebe reajustes há nove anos, segundo ele. "Insistimos na negociação. Dinheiro tem, o problema é a prioridade política do governo", acrescentou.
No caso de veto, a Fenajufe já percorreu o Congresso Nacional em busca de apoio para a derrubada do veto. Segundo Santos, mais de 340 deputados e 55 senadores deverão votar a favor da derrubada.
Edição: Stênio Ribeiro
Fonte: Agência Brasil
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