21/05/2013 - 9h23
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O primeiro-ministro da República do Haiti, Laurent Lamothe, tem uma série de reuniões com autoridades e empresários brasileiros, em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em discussão, projetos de parcerias nas áreas de educação, tecnologia, ciência, infraestrutura e saúde, além de energia, segurança alimentar, inclusão social e biocombustíveis. As reuniões ocorrem no momento em que o Brasil e o Haiti farão uma campanha conjunta sobre informações para os haitianos interessados em deixar o país.
Lamothe se reúne hoje (21) com os ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e Antonio Patriota (Relações Exteriores). Com Lobão, o primeiro-ministro deve conversar sobre os acordos de cooperação técnica para a eletrificação no Haiti. Na reunião com Patriota, Lamothe deve analisar as parcerias em curso.
O governo do Brasil desenvolve vários projetos de cooperação com o Haiti. Atualmente é brasileiro o comando militar da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas no Haiti (Minustah). A perspectiva, segundo cronograma da ONU, é retirar gradualmente até 2016 todos os militares estrangeiros que estão no Haiti. A ideia é fortalecer as forças de segurança locais.
Após a tragédia do terremoto de janeiro de 2010, que matou mais de 220 mil pessoas no Haiti, o Brasil integrou a Comissão Interina para Reconstrução do país e foi a primeira nação a contribuir para o Fundo de Reconstrução. Também está em construção o Instituto Brasil-Haiti de Reabilitação de Pessoas com Deficiência, em Porto Príncipe, a capital do país.
Paralelamente, é esperada para o fim do mês a inauguração do primeiro hospital comunitário de referência (HCR), resultado de parceria dos governos do Brasil, de Cuba e do Haiti, em Bons Repos, na região metropolitana de Porto Príncipe, capital haitiana. É a chamada cooperação tripartite Brasil-Cuba-Haiti. O hospital segue o modelo das unidades de pronto-atendimento (UPAs) para gestantes e crianças, além de emergências e casos cirúrgicos. No total, o Brasil deve investir US$ 70 milhões.
A parceria prevê a construção de três unidades hospitalares, que ficarão nas regiões de Beudet e Carrefour, além de Bons Repos. Cada hospital comunitário contará com atendimento materno-infantil – com salas de parto, além de atendimento ao recém-nascido –, leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), clínica médica, pediatria, ginecologia, quatro salas para cirurgias, atendimento ambulatorial, laboratório para exames básicos de urgência e serviço de radiologia e ultrassonografia.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: Agência Brasil
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