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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Orelhões podem ganhar rede Wi-Fi e modernizar a telefonia pública

Publicação: Quarta-feira, 08/05/2013 às 18:20:00   Atualização: 08/05/2013 às 18:40:55
Johnny Braga

johnny.braga@jornaldebrasilia.com.br

Esquecidos, abandonados e quase sem visibilidade. Esse é panorama atual dos mais de 917 mil orelhões espalhados pelas cidades brasileiras. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), nos últimos seis anos houve uma queda de cerca de 60% no uso do orelhão. A Anatel atribui essa redução a expansão da cobertura móvel no país, sendo comum a habilitação de mais de uma linha para cada habitante. Essa redução expressiva fez com que a Agência buscasse novos meios para que os equipamentos ora abandonados possam oferecer uma nova funcionalidade: a rede Wi-Fi.

A proposta inicial da Anatel para instalação de rede Wi-Fi nos orelhões seria aumentar a eficiência e utilização dos orelhões, que hoje possuem baixa representatividade de uso. Para que possa se viabilizar esse projeto, a Agência está elaborando um estudo para avaliar como se daria o processo de implementação dessa nova rede, inicialmente nas grandes cidades brasiliras.

O projeto piloto para o Brasil está a cargo de uma operadora de telefonia que deverá implantar em breve um protótipo na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina. O gerente da Anatel Ricardo Itonaga explica como funciona a novidade. "A rede é transmitida diretamente da cabine telefônica, instalada em uma praça, e irradiada para todo o entorno do aparelho, assim, qualquer pessoa que estiver por perto, poderá utilizar a rede", explica.

O primeiro alvo seria as grandes cidades, como Brasília. Mas, por enquanto é só uma possibilidade. Atualmente vários países já oferecem esse serviço.

IMPLANTAÇÃO

A Anatel acredita que com a implantação da rede ao menos 500 mil orelhões sejam mantidos na configuração atual - a analógica e cerca de 300 mil passem a oferecer a rede Wi-Fi, a partir do momento em que a implantação for dada como certa.


USO CADA VEZ MENOR

Um estudo da Anatel revela que de junho de 2007 até dezembro de 2012, o consumo de créditos locais nos orelhões sofreu uma grande queda, passando de 750 milhões para 80 milhões, valor quase dez vezes menor que o utilizado há quase seis anos. De acordo com o gerente da Anatel, Ricardo Itonaga, com a baixa utilização fica cada vez mais caro manter os equipamentos funcionando. "Os gastos acabam sendo desnecessários, pois uma pequena parcela da população utiliza hoje em dia os aparelhos, que faz com que as operadoras dêem menos atenção a eles pela pouca representatividade", afirma.

Mesmo com o setor apresentando um déficit de uso, há um ponto favorável para permanência dos orelhões, principalmente em regiões em que há pessoas sem condições de arcar com custos de uma linha habilitada. O que acontece é que o Brasil é um dos poucos países em que é possível receber chamadas pelos telefones públicos. A Anatel considera esse efeito como um importante apoio a essa parcela da população.

No DF, as regiões mais carentes, como o sol Nascente, Itapoã e São Sebastião são as que mais utilizam os equipamentos, porém, mesmo com a demanda de uso sendo maior que a do Plano Piiloto, a representatividade é baixa, pois há várias linhas móveis habilitadas nestas regiões.


Outro fator que implica no pouco uso dos equipamentos é o estado de conservação deles. Os orelhões são alvos constantes de vandalismo, que faz com que as pessoas acabem ignorando a presença deles, pois nem sempre é possível saber se o aparelhos está, ou não funcionando.

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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