CRM vai abrir sindicância para investigar o caso, criticado pela entidade. Muitos internautas apoiaram a iniciativa do cirurgião
São Paulo - O Conselho Regional de Medicina (CRM) vai abrir uma sindicância para investigar o caso de um cirurgião plástico de Jundiaí (SP) que fez uma autocirurgia. De acordo com o CRM, é considerado inapropriado qualquer tipo de ato médico em si, com medidas variam entre a advertência até a cassação do registro profissional.
Vídeo durante cirurgia: 'agora é mais fácil diagnosticar minhas pacientes' | Foto: Reprodução Internet
Para o Conselho, uma autocirurgia seria aceita, como por exemplo, se ele fosse precisar amputar um membro do corpo. Luiz Américo Freitas Sobrinho, de 66 anos, publicou um vídeo realizando uma abdominoplastia (remoção de gordura e pele em excesso) no abdômen inferior em 2012.
Apesar de ter ajuda de outras pessoas durante a cirurgia, é ele quem faz o procedimento, desde a aplicação da anestesia local até a sutura. Mesmo o procedimento sendo criticado pelo CRM, os internautas que assistiram ao vídeo aprovaram a iniciativa do médico.
"Um médico que aplica em si mesmo aquilo que prescreve para outros é algo a se respeitar", disse um internauta no YouTube. "Parabéns Dr vc é realmente um grande profissional", afirmou outro. "O novo Leonid Ivanovich Rogozov, só que este é brasileiro, que orgulho", comentou outro, em referência ao médico russo que durante uma expediaçõ na Antártida em 1961 pela União Soviética, diagnosticou a si mesmo com apendicite aguda (já que não havia outro médico), e fazendo uma autocirurgia, obtendo sucesso.
"Considero Rogozov um verdadeiro herói por ter realizado em si uma apendicectomia em um local distante e sem os mesmos recursos técnicos que temos hoje. Em relação ao meu caso, considero-me feliz por tentar imitá-lo", disse Luiz Américo também pelo YouTube. "O objetivo foi remover a dobra do abdome. Ao passar pelos mesmos problemas que minhas pacientes passaram, pude descobrir que agora é bem mais fácil diagnosticar os problemas pós-cirúrgicos que elas sentem do que antes, o que não deixa de ser que foi para o bem da ciência".
Fonte: O Dia Online
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