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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Relatório do Unicef denuncia trabalho infantil na Síria

02/07/2015 08h39
Amã
Da Agência Lusa

Campo de Zaatari, na Jordânia, que abriga mais de 80 mil refugiados sírios
Campo de Zaatari, na Jordânia, que abriga mais de 80 mil refugiados síriosPablo Tosco / Oxfam - Todos Direitos Reservados

O conflito e a crise humanitária na Síria colocam um número cada vez mais significativo de crianças para trabalhar em condições difíceis de sobrevivência. O alerta foi feito hoje (02) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela organização não governamental (ONG) Save The Children.

“A crise na Síria reduziu consideravelmente os meios de subsistência das pessoas e empobreceu milhões de famílias na região, o que faz com que o trabalho das crianças atinja níveis críticos”, lamentou Roger Hearn, diretor regional da Save The Children.

Ele também adiantou que “as crianças trabalham principalmente para sobreviver" e que "isso acontece na Síria e nos países vizinhos, onde são os principais atores econômicos”.

Segundo um relatório divulgado em Amã, as crianças na Síria contribuem para o orçamento familiar em três quartos das famílias recenseadas, enquanto na Jordânia “quase metade dos filhos de refugiados são o principal sustento da família”.

As crianças mais vulneráveis são as que que trabalham em “exploração sexual e atividades ilícitas, bem como na mendicância organizada e no tráfico de menores”, acrescenta a mesma fonte.

“O trabalho infantil prejudica o crescimento e o desenvolvimento”, destacou Peter Salama, diretor regional do Unicef para o Médio Oriente e África do Norte, acrescentando que as crianças trabalham “durante longas horas”, com um pequeno salário, “em ambientes extremamente perigosos e insalubres”.

De acordo com o relatório, no vasto campo de refugiados de Zaatari, no Norte da Jordânia, três em cada quatro crianças registram problemas de saúde no trabalho. Além disso, as crianças que trabalham estão “mais suscetíveis a abandonar a escola”, aumentando os receios de “uma geração perdida”.

Mais de 230 mil pessoas morreram desde o início do conflito na Síria, há quatro anos, e metade da população abandonou seus lares em busca de refúgio.

Fonte: Agência Brasil

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