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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Meta do Brasil é produzir 3 milhões de toneladas anuais de pescado até 2020

01/07/2015 11h58
Brasília
Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar




O Bom Dia, Ministro recebe o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, que fala sobre o Plano Safra da Pesca e Aquicultura 2015/2016 e as políticas públicas da atividade pesqueira (José Cruz/Agência Brasil)
A meta é atingir 1 milhão de toneladas na área da captura e 2 milhões de toneladas na aquicultura”, disse o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho ao participar do programa Bom Dia, Ministro José Cruz/Agência Brasil






























O Ministério da Pesca e Aquicultura tem uma meta de crescimento anual de 20% na produção de pescado para que o Brasil alcance, até 2020, 3 milhões de toneladas (ton) produzidos, na pesca de captura e na aquicultura, e esteja entre os cinco maiores ofertantes de proteína de pescado do mundo. “A meta é sair de 760 mil ton para 1 milhão ton na área da captura e de 600 mil a 700 mil ton para 2 milhões ton na aquicultura”, disse o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho.

O objetivo, segundo o ministro, é que o Brasil se torne autossuficiente na produção, favorecendo também a balança comercial, e, com o aumento da oferta, consiga diminuir o preço do pescado no mercado interno. Ele conta que o país importa anualmente mais de 400 ton de pescado.

Barbalho participou hoje (1º) do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços, para falar sobre o Plano Safra da Pesca e Aquicultura 2015/2016, que vai ofertar R$ 2 bilhões em recursos com linhas de crédito especiais para estimular o crescimento do setor.

O objetivo, segundo Barbalho, é atender desde o pescador artesanal até a indústria do pescado, incentivando a iniciativa privada, como a fabricação de ração e os frigoríficos. “Queremos estimular para que haja esse encontro de interesses, que este plano safra não apenas ajude o Brasil a se desenvolver, mas que contribua para a inclusão social. Porque são pessoas que estão envolvidas e é pra elas que temos que ter um olhar atento, com qualificação técnica, com fomento, com centros de alevinagem que ofertem alevinos mais baratos, com investimentos em ciência e em conhecimento.”

Para que as metas sejam alcançadas o ministério identificou sete estados com maior capacidade de ampliação, mapeou as águas da União, os reservatórios já existentes e atividade de tanques escavados espalhados pelo país. No aquicultura, Barbalho quer mobilizar os estados para simplificar e agilizar o licenciamento ambiental e os processos de concessão de água. O setor da pesca passa pelo melhoramento da gestão pesqueira para garantir capacidade de captura e garantia de preservação dos estoques pesqueiros, com investimentos em tecnologias, renovação e adequação da frota e diminuição de desperdícios na captura.

O ministro destaca o potencial do país para desenvolver o setor, já que é a “maior província de água doce do planeta e tem 8,5 mil quilômetros de costa oceânica”, além de ter grãos suficientes para produção de ração.

Segundo Barbalho, a população brasileira também precisa entender a qualidade e os benefícios do consumo da proteína do pescado, para aumentar a demanda de consumo. Ele conta que é consumido aqui cerca de 10,6 kg de pescado por ano por pessoa, sendo que a média mundial é 19 kg, “países com uma cultura gastronômica de consumo de pescado consomem mais, Portugal consome 57 kg por pessoa por ano”.

A redução do custo de produção também está sendo tratado pelo ministério, disse Barbalho, para que o governo federal faça a equiparação dos benefícios tributários da produção de pescado com aqueles concedidos para outros setores da produção de proteína.

Em nível internacional, Barbalho conta que o ministério está buscando ampliar a captura do atum em águas internacionais, pois o Brasil ainda não atingiu a cota disponível para o país e esta é “uma espécie que cada vez mais ganha importância no Brasil”.

Fonte: Agência Brasil

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