10/10/2014 12h18
Madri
Da Agência Lusa
O governo espanhol aprovou, hoje (10), a criação de um comitê especial presidido pela vice-presidenta do governo, Soraya Saénz de Santamaría, que vai coordenar e gerir toda a ação de resposta ao vírus ebola e que será apoiado por um comitê científico específico.
O anúncio foi feito pela própria vice-presidenta, após a reunião semanal do Conselho de Ministros espanhol, quando foi analisada a atual situação do ebola na Espanha. “Neste momento, a principal preocupação do governo é o estado de saúde de Teresa Romero [a auxiliar de enfermagem infectada]. Queremos manifestar o nosso reconhecimento a todos os profissionais de saúde pela tarefa e esforços que estão fazendo”, disse.
Soraya disse que o objetivo do comitê especial é conseguir coordenar da melhor forma possível a resposta ao problema que “gera preocupação na sociedade”. Acrescentou que existe o compromisso do governo de trabalhar “com transparência e rigor”.
“A Espanha é um país preparado com profissionais sanitários de primeira ordem e capaz de responder a este problema. É obrigação do governo dar-lhes o máximo apoio e criar as melhores condições”, ressaltou Soraya Saénz.
Além da vice-presidenta do governo, o novo organismo será integrado pela ministra da Saúde, Ana Mato, e por um representante do Ministério de Negócios Estrangeiros, que fará a articulação com a Organização Mundial da Saúde, a União Europeia e outros atores internacionais. Participarão ainda representantes dos ministérios da Defesa, do Interior e da Justiça.
O comitê integrará igualmente representantes das estruturas regionais de saúde, o presidente do novo comitê científico e um representante do Hospital Carlos III, onde está internada a auxiliar de enfermagem infectada e 13 pessoas em observação.
“Este comitê vai coordenar os meios e recursos disponíveis, promover a cooperação intrainstitucional e internacional, estabelecer protocolos de política informativa para a máxima transparência e analisar tanto o planejamento existente como a situação europeia e internacional para controle da doença”, disse a representante do comitê especial.
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