14/10/2014 12h45
Brasília
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
Onze agentes penitenciários e dezenas de presos que cumprem pena na Penitenciária Industrial de Guarapuava, no Paraná, permanecem reféns de um grupo de detentos rebelados há mais de 24 horas. O 12º agente que era mantido refém foi libertado por volta das 11h30 de hoje (14). Diabético, ele foi encaminhado para receber atendimento médico, mas, aparentemente, passa bem.
Segundo a assessoria da Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, antes de libertar o refém, os presos entregaram uma lista de reivindicações. As exigências foram entregues a negociadores da Polícia Militar (PM), logo após as negociações terem sido retomadas, por volta das 7h. As conversações tinham sido suspensas no final da noite de ontem (13).
A assessoria ainda não obteve a confirmação da íntegra das exigências dos presos rebelados, mas adiantou que, entre elas, há um pedido de transferência de detentos para outras unidades prisionais do estado. A assessoria também não soube informar quantos e quem são os apenados que pedem para ser remanejados.
As reivindicações estão sob análise da Secretaria de Justiça, em conjunto com outros órgãos do governo estadual. Embora ainda não haja uma resposta, a entrega da lista já é vista como um avanço nas negociações.
Com capacidade para 240 presos, a Penitenciária Industrial abriga 239 detentos. O motim começou por volta das 11h30 da manhã de ontem, quando parte dos apenados eram conduzidos a um canteiro de trabalho no interior do presídio.
Inicialmente, os rebelados capturaram 13 dos 18 agentes penitenciários que trabalham na prisão. Um deles foi libertado e hospitalizado após ser queimado com cola quente. De acordo com a assessoria da secretaria, os 12 agentes que permanecem reféns tem ferimentos graves. Cinco presos foram feridos e encaminhados para hospitais locais, um deles com traumatismo craniano.
De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários, esta é a vigésima primeira rebelião no sistema penitenciário paranaense, desde dezembro de 2013. A assessoria da secretaria, contudo, ponderou que parte desses episódios foram motins menos graves que rebeliões, pois não há registro de consequências graves, como agentes e presos feridos com gravidade ou danos estruturais às unidades.
Fonte: Agência Brasil
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