06/10/2014 19h52
Brasília
Paulo Victor - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) disse hoje (6) que recebeu telefonema de Marina Silva (PSB), com quem disputou o primeiro turno das eleições nesse domingo (5), cumprimentando-a pelo resultado que a levou ao segundo turno com o candidato Aécio Neves (PSDB). Segundo a presidenta, ainda é cedo para prever quem a ex-adversária vai apoiar no páreo final, no próximo dia 26 de outubro. Citanto a criação, em seu governo, do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), indicou que a estratégia do PT de ressaltar os avanços sociais de seu governo será mantida.
“Recebi um telefonema extremamente gentil e civilizado da candidata Marina. Ela me cumprimentou pela eleição. Agradeci o cumprimento e disse que tinha certeza de que nós lutávamos por melhorar o Brasil, em que pese nossas diferenças”, relatou Dilma. Acrescentou que “hoje seria uma temeridade” qualquer sinalização dos apoios para o futuro. Para a candidata, essa decisão não depende apenas de uma pessoa, mas sim de várias instâncias. Afirmou ter certeza de que parte dos votos de Marina Silva será dividida entre ela e Aécio.
Em entrevista a jornalistas, Dilma Rousseff repetiu a meta de ofertar mais 12 milhões de vagas em cursos técnicos e de nível médio do Pronatec. Elas se somarão às mais de 8 milhões de matrículas confirmadas desde 2011. Hoje, o twitter de sua campanha divulgou um quadro com 13 “ideias novas” para um eventual segundo mandato, incluindo promessas do primeiro turno, como a integração das forças de segurança pública e a reforma do ensino médio.
Em referência às gestões de Fernando Henrique Cardoso, Dilma voltou a afirmar que a antiga lei proibia o governo federal de construir escolas técnicas. Conforme a candidata, o investimento em escolas técnicas é a base para “assegurar produtividade”.
Informou não estar surpresa com o resultado das eleições, que apontaram diferença entre ela e Aécio Neves menor do que previam as pesquisas de intenções de voto. “Não acreditamos nessa infalibilidade das pesquisas”, declarou. Citou a eleição, em primeiro turno, do governador da Bahia, Rui Costa (PT), como outra disparidade das pesquisas.
Respondendo a perguntas sobre mais uma polarização entre PT e PSDB, que poderia gerar, por parte do seu partido, a tentativa de divisão entre ricos e pobres, avaliou que a “culpa sempre cai na conta dos pobres”. “Acho que a gente tem de reconhecer que mais da metade do Brasil que recebemos deles era composta de pobres e miseráveis. Hoje, está diferente. De cada quatro brasileiros, três estão na classe média, majoritariamente, ou nas classes A e B”, assegurou, afirmando que essa “substantiva” mudança gerou mais benefícios nos estados do Nordeste.
Amanhã (7), Dilma terá reuniões com governadores eleitos no primeiro turno pelo PT e com senadores eleitos e governadores que disputsarão o segundo turno em estados onde não há conflitos entre candidatos de sua base aliada. De acordo com a presidenta, ainda é preciso avaliar os próximos passos da campanha, mas é possível que as viagens comecem pelo Nordeste e Sudeste.
Fonte: Agência Brasil
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