Representantes da União Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) fecharam na madrugada de hoje um "acordo de princípios" com o governo do Chipre para socorrer seu sistema financeiro, com a injeção de € 10 bilhões em recursos internacionais. O "plano B" cipriota, negociado à exaustão em Bruxelas, prevê a liquidação do segundo maior banco do país, além de um imposto de 25% sobre depósitos superiores a € 100 mil de correntistas do Banco de Chipre.
Desde então, o governo e Bruxelas negociavam um pacote alternativo. No sábado, as tratativas se intensificaram. Na madrugada de hoje, o presidente cipriota confirmou o acerto. "Temos um acordo que vai ao encontro dos interesses do povo cipriota e da União Europeia", afirmou Anastasiades.
Segundo o acordo de "princípios" - que ainda precisava ser detalhado e terá de ser submetido ao parlamento -, o Chipre terá de adotar um programa estrito de consolidação fiscal, com reformas e privatizações, além de uma profunda reformulação de seu sistema financeiro - na qual o entendimento se concentra. O Banco de Chipre, o maior do país, será mantido, mas seus clientes - a maior parte investidores internacionais - terão de arcar com um corte de 25% de seus recursos. Já a segunda maior instituição do país, o Banco Popular ("Laiki", em grego), deverá ser extinta e fundida com o Banco de Chipre.
Segundo o entendimento, os clientes de menor renda serão poupados de qualquer perda. "Gostaria de enfatizar que nenhuma das medidas afetarão depósitos inferiores a € 100 mil", garantiu Dijsselbloem, do Eurogrupo. "Estou convencido de que a solução que encontramos agora é melhor do que a que havíamos obtido na semana passada." Lagarde, diretora-gerente do FMI, celebrou o acordo. "Protegeremos os depósitos e limitaremos as ameaças aos dois maiores bancos".
Punição
Fonte: Agencia Estado/clicabrasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comente