Fonte: Agencia Estadoa importância de o governo brasileiro se voltar às questões da prostituição e exploração sexual antes da chegada da Copa do Mundo. Segundo o texto, o Brasil, que já é conhecido pelo Carnaval, também é visto como grande atração para os turistas sexuais.
No artigo, a escritora freelance Zeynep Zileli Rabanea, que mora em São Paulo, conta que nos últimos meses pipocaram notícias sobre o fato de as prostitutas brasileiras estarem aprendendo inglês como preparação para atender potenciais clientes na Copa do Mundo.
Segundo ela, há um certo tom zombador nessas notícias, que a escritora considera "manchetes sensacionalistas", como a que diz: "Prostitutas brasileiras vão aprender inglês para o Mundial", manchete de matéria publicada recentemente por uma agência de notícias internacional. "No entanto, o que há de tão engraçado no fato de essas mulheres darem passos para melhorar suas habilidades uma vez que em outros negócios o mesmo está sendo feito para maximizar os lucros durante um evento de grande porte como esse, que atrai tanta gente do mundo pronta para gastar dinheiro?", questiona a escritora.
Segundo o artigo, o tom de notícias como a citada apenas reflete a atitude preconceituosa sobre a prostituição e ao mesmo tempo mostra alguma presunção de superioridade cultural ao ridicularizar o fato de as prostitutas brasileiras poderiam de fato aprender inglês. "Para a Copa do Mundo, é crucial que esta questão seja abordada, uma vez que é exatamente este tipo de atitude que desempenha grande papel em construir a imagem do Brasil como destino exótico para atrair vasto número de turistas sexuais, juntamente com fãs de futebol", diz o texto. Ainda no texto publicado no site da AlJazeera, a autora diz que é importante ainda que as questão da exploração sexual também seja tratada de maneira diferenciada.
Fonte: Agencia Estado/clicabrasília
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