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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Servidor público protesta contra ajuste em todas as capitais, diz sindicalista

23/09/2015 20h06 
Brasília 

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil 

As manifestações de servidores públicos contra o ajuste fiscal ocorreram em todas as capitais, disse hoje (23) o diretor de Administração da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa. Com atos e paralisações, os servidores promoveram um Dia Nacional de Mobilização contra o congelamento de salários e o corte de benefícios dos servidores públicos.

No início da manhã, os servidores juntaram-se aos trabalhadores sem-teto e integrantes de movimentos sociais que ocuparam a portaria principal do Ministério da Fazenda. Em seguida, caminharam até o Ministério do Planejamento, onde também fizeram uma mobilização no estacionamento do prédio.

À tarde, os representantes das centrais sindicais foram ao Congresso, onde entregaram um documento a líderes partidários pedindo que os parlamentares votem contra as propostas que prejudicam o servidor público. Eles, no entanto, não conseguiram se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Conversamos com vários líderes. Entregamos a cada um deles um documento contra um ajuste fiscal que pune o servidor e aponta o trabalhador como bode expiatório de tudo o que deu errado nos últimos anos”, informou Josemilton Costa.

Os principais pontos criticados pela categoria são o congelamento de salários dos servidores do Executivo até agosto do próximo ano, a suspensão de novos concursos públicos e a proposta de emenda à Constituição enviada ontem (22) retirando o abono de permanência – benefício equivalente a 11% do salário do servidor que opta por permanecer em atividade mesmo tendo conquistado o direito à aposentadoria.

“Tivemos um dia nacional de luta produtivo, que mobilizou todas as capitais e correspondeu às nossas expectativas. O recado foi dado. Na próxima semana, vamos fazer uma avaliação e convocar outras mobilizações, se for necessário”, acrescentou o diretor da Condsef.

Edição: Armando Cardoso

Fonte: Agência Brasil

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