- 26/02/2015 00h55
- Brasília
Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil
Edição: Aécio Amado
Após reunião no Ministério dos Transportes, que durou a tarde e
parte da noite dessa quarta-feira (25), governo e caminhoneiros chegaram
a um acordo que pode acabar com os protestos nas rodovias federais.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores
Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, que participou da reunião, a proposta
apresentada pelo governo foi acatada pelos representantes da categoria
presentes à mesa de negociação.
Pela
proposta, o governo promete sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem
vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do
Programa Procaminhoneiro e criar, por meio de negociação entre
caminhoneiros e empresários, uma tabela referencial de frete. Nesse
item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo atue na
mediação com os empresários.
O presidente da CNTA considerou que o
acordo trouxe ganhos históricos para a categoria. Segundo Diumar Bueno,
os caminhoneiros tiveram conquistas efetivas na mesa de negociação.
“Diante da gravidade em que se encontra o país neste momento, nós
pedimos a sensibilidade dos caminhoneiros de liberar as rodovias pelas
conquistas que tiveram aqui”, disse Diumar, ressaltando, no entanto, que
não poderia garantir o fim dos bloqueios.
O ministro dos
Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, ressaltou, após a assinatura do
acordo, que ele só será cumprido sob a condição do fim dos protestos.
“Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora em que forem liberadas
as estradas”, ressaltou. “Eu acho que a partir de agora as estradas já
estão sendo liberadas”, completou.
As manifestações dos
caminhoneiros, que terça-feira (24) tiveram reflexo em mais de dez
estados, já provocam desabastecimento, especialmente de combustível, em
algumas cidades.
Fonte: Agência Brasil
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