- 11/02/2015 15h10
- Brasília
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
Edição: Stênio Ribeiro
A
Câmara dos Deputados concluiu hoje (11) a votação do projeto de lei (PL
4.246/12) que disciplina a jornada de trabalho e o tempo máximo de
direção do motorista profissional, a chamada Lei dos Caminhoneiros.
Pela
proposta, a jornada diária de trabalho foi fixada em oito horas, com
possibilidade de duas horas extras. O texto diz ainda que, se for
acordado em convenção ou acordo coletivo, a jornada poderá ser estendida
por mais duas horas. A legislação aplica-se também aos motoristas que
trabalham com transporte rodoviário de passageiros.
O projeto
aumenta o tempo máximo que um caminhoneiro pode passar ao volante, que
passa de quatro para cinco horas e meia, contínuas, mas enfatiza que ele
tem de descansar 30 minutos a cada seis horas de trabalho. O texto
estabelece ainda que, a cada período de 24 horas, deve ser reservado
tempo mínimo de 11 horas de descanso. Em situações excepcionais, o tempo
de direção poderá ser elevado pelo período necessário para que o
condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça segurança.
A
penalidade para o motorista que descumprir os períodos de repouso passa
de grave para média, embora permaneça a retenção do veículo para
cumprimento do tempo de descanso. Entretanto, a penalidade será
registrada como grave se o motorista cometeu outra infração igual nos
últimos 12 meses.
Nas viagens de longa distância, com duração
maior que sete dias, a proposta concede repouso semanal de 35 horas,
contra as 36 horas atuais, permitindo seu fracionamento em dois e o
acúmulo de até três períodos de repouso seguidos, que poderão ser
usufruídos no retorno da viagem.
O projeto torna obrigatória a
realização de exame toxicológico específico para substâncias psicoativas
que causem dependência ou, comprovadamente, comprometam a capacidade de
direção. Os motoristas terão até 90 dias para fazer o teste.
Os
deputados analisaram os destaques ao projeto, que teve origem na Câmara,
foi alterado na votação do Senado e em julho do ano passado teve o texto-base novamente aprovado pelos deputados, e agora vai para sanção presidencial.
Fonte: Agência Brasil
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