- 30/01/2015 17h56
- Rio de Janeiro
Da Agência Brasil
Edição: Armando Cardoso
O
corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento do governo do estado do Rio de
Janeiro não atingirá políticas de segurança já implementadas, nem a
formação de novos policiais, conforme afirmou hoje (30) o governador
Luiz Fernando Pezão. Ele visitou o Centro de Formação e Aperfeiçoamento
de Praças (Cfap), em Sulacap, na zona oeste da capital, onde participou
da cerimônia de formatura de 400 policiais militares.
Pezão
também demostrou preocupação com as divisas do estado, informando que
intensificará a fiscalização nas estradas e na Baía de Guanabara, de
modo a evitar que drogas e armamentos irregulares cheguem às mãos de
criminosos.
De acordo com o governador, além de formar
novos policiais, é preciso um trabalho de prevenção, antes que as armas e
drogas cheguem aos criminosos. Ele prometeu parceria com a Marinha e
Polícia Rodoviária Federal, com ações de patrulhamento entre os estados,
com início previsto para fevereiro.
"Estamos
formando hoje mais 398 policiais e, em fevereiro, serão mais 400. Já
contratamos 13,8 mil policiais. Agora, temos de cercar as 'fronteiras'
[divisas]. Ontem (29), foram apreendidos seis fuzis russos. Isso chega
pelas estradas, pela Baía de Guanabara. Se não intensificarmos o
combate, acabamos enxugando gelo", disse Pezão.
Segundo ele,
outro problema enfrentado pelo governo do Rio de Janeiro é a presença de
menores no tráfico de drogas. Pezão disse que a polícia já efetuou mais
de 4,6 mil prisões e que reforçará, cada vez mais, o combate ao crime. O
govenador também prometeu avanços nas ações das polícias Civil e
Militar e no combate à sonegação.
"Em janeiro, prendemos mais de
oito caminhões de combustível clandestino, que irriga o tráfico e a
milícia. Estamos tomando diversas medidas para combater o crime
organizado e o que o mantém", salientou.
Nos últimos dias,
ocorreram confrontos no Complexo da Maré, área ocupada pelo Exército, e
ontem (30) dois homens morreram. Segundo a polícia, eles eram
traficantes locais. O governo já anunciou para abril deste ano a criação
de uma unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na região.
Pezão
informou que o governo investe na formação e no treinamento de policiais
militares que atuarão na Maré. "Estamos substituindo o Exército e já
entramos com 130 soldados. Nosso trato com as Forças Armadas é que todo
mês colocaremos mais soldados até ocuparmos totalmente [a área] em
junho. Os soldados que estão sendo formados serão deslocar cada vez mais
para Maré. Vamos combater como combatemos em todas as comunidades."
Segundo
o coordenador de Comunicação Social da Polícia Militar, coronel
Frederico Caldas, a polícia trabalha na Maré desde o ano passado e já
definiu a área de Polícia Pacificadora que cuidará da região. "Há cerca
de seis meses estamos fazendo a transição. Está pronto o planejamento,
com definição de efetivo e de base, de modo que, provavelmente a partir
de abril, comecemos a assumir, a exemplo do que ocorreu no Complexo do
Alemão. O Exército vai saindo e a Polícia Militar entrando", adiantou.
Outras
comunidades da zona norte do Rio também receberão UPPs, como o Morro do
Juramento, que é disputado por traficantes de facções rivais, e o
Complexo do Chapadão. No último sábado (24), a polícia apreendeu 11
fuzis no Morro do Juramento.
Fonte: Agência Brasil
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