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sábado, 31 de janeiro de 2015

Pezão diz que cortes no orçamento não afetarão política de segurança do Rio

  • 30/01/2015 17h56
  • Rio de Janeiro
Da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
TRE-RJ realiza cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos, na Alerj. Na foto, o governador eleito, Luiz Fernando Pezão, fala à imprensa após receber o diploma (Tomaz Silva/Agência Brasil)
     Formação de policiais e "fronteiras" do tráfico preocupam o governador do RioTomaz Silva/Agência Brasil
O corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento do governo do estado do Rio de Janeiro não atingirá políticas de segurança já implementadas, nem a formação de novos policiais, conforme afirmou hoje (30) o governador Luiz Fernando Pezão. Ele visitou o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), em Sulacap, na zona oeste da capital, onde participou da cerimônia de formatura de 400 policiais militares.
Pezão também demostrou preocupação com as divisas do estado, informando que intensificará a fiscalização nas estradas e na Baía de Guanabara, de modo a evitar que drogas e armamentos irregulares cheguem às mãos de criminosos.
De acordo com o governador, além de formar novos policiais, é preciso um trabalho de prevenção, antes que as armas e drogas cheguem aos criminosos. Ele prometeu parceria com a Marinha e Polícia Rodoviária Federal, com ações de patrulhamento entre os estados, com início previsto para fevereiro.
"Estamos formando hoje mais 398 policiais e, em fevereiro, serão mais 400. Já contratamos 13,8 mil policiais. Agora, temos de cercar as 'fronteiras' [divisas]. Ontem (29), foram apreendidos seis fuzis russos. Isso chega pelas estradas, pela Baía de Guanabara. Se não intensificarmos o combate, acabamos enxugando gelo", disse Pezão.
Segundo ele, outro problema enfrentado pelo governo do Rio de Janeiro é a presença de menores no tráfico de drogas. Pezão disse que a polícia já efetuou mais de 4,6 mil prisões e que reforçará, cada vez mais, o combate ao crime. O govenador também prometeu avanços nas ações das polícias Civil e Militar e no combate à sonegação.
"Em janeiro, prendemos mais de oito caminhões de combustível clandestino, que irriga o tráfico e a milícia. Estamos tomando diversas medidas para combater o crime organizado e o que o mantém", salientou.
Nos últimos dias, ocorreram confrontos no Complexo da Maré, área ocupada pelo Exército, e ontem (30) dois homens morreram. Segundo a polícia, eles eram traficantes locais. O governo já anunciou para abril deste ano a criação de uma unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na região.
Pezão informou que o governo investe na formação e no treinamento de policiais militares que atuarão na Maré. "Estamos substituindo o Exército e já entramos com 130 soldados. Nosso trato com as Forças Armadas é que todo mês colocaremos mais soldados até ocuparmos totalmente [a  área] em junho. Os soldados que estão sendo formados serão deslocar cada vez mais para Maré. Vamos combater como combatemos em todas as comunidades."
Segundo o coordenador de Comunicação Social da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, a polícia trabalha na Maré desde o ano passado e já definiu a área de Polícia Pacificadora que cuidará da região. "Há cerca de seis meses estamos fazendo a transição. Está pronto o planejamento, com definição de efetivo e de base, de modo que, provavelmente a partir de abril, comecemos a assumir, a exemplo do que ocorreu no Complexo do Alemão. O Exército vai saindo e a Polícia Militar entrando", adiantou.
Outras comunidades da zona norte do Rio também receberão UPPs, como o Morro do Juramento, que é disputado por traficantes de facções rivais, e o Complexo do Chapadão. No último sábado (24), a polícia apreendeu 11 fuzis no Morro do Juramento.

Fonte: Agência Brasil

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