- 30/01/2015 18h36
- Brasília
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
Edição: Armando Cardoso
O
senador Luiz Henrique (PMDB-SC) disse hoje (30) que espera ter 45 votos
em apoio à sua candidatura à presidência do Senado. Caso a expectativa
se confirme, o número será suficiente para elegê-lo no próximo domingo
(1º).
Luiz Henrique concedeu entrevista coletiva nesta
tarde, acompanhado de líderes partidários e representantes do PDT, DEM,
PP, PSOL, PSDB e PSB. “Somados, esses partidos representam a certeza
absoluta, a convicção de que colheremos uma vitória no domingo. Será a
vitória da mudança contra o continuísmo”, disse o senador.
Entretanto,
alguns dos partidos contabilizados pelo senador ainda precisam de
reuniões internas para oficializar o apoio. É o caso do PSB, que já
retirou candidatura própria e deve se reunir até amanhã (31) para
decidir.
O PMDB, partido de Luiz Henrique, também terá reunião
para anunciar o nome que disputará a presidência do Senado. Por ter a
maior bancada da Casa, com 19 senadores, o partido tem a prerrogativa de
indicar o presidente, conforme acordo histórico.
A candidatura
de Luiz Henrique foi construída a partir da movimentação de partidos
insatisfeitos com a demora do PMDB. Entre os líderes desses partidos, o
nome do atual presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), era tido como certo
para reeleição, mas ele nunca admitiu oficialmente que fosse candidato.
“Há
45 anos, um mesmo grupo se eterniza na direção da Casa. A reclamação
que mais escuto dos senadores é que os relatores são sempre os mesmos,
os presidentes são sempre os mesmos, os que ocupam funções relevantes
são sempre os mesmos. Vamos democratizar a Casa”, adiantou o senador
catarinense.
Durante a coletiva, Luiz Henrique informou
que sua chapa manterá a regra da proporcionalidade e garantirá, por
exemplo, que o PT, que tem a segunda maior bancada, fique com a primeira
vice-presidência. Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou
que a bancada só se posicionará após a reunião do PMDB.
Admitindo
a possibilidade de Renan Calheiros ser candidato, Costa prefere esperar
que o partido chegue a um consenso. O líder petista sugeriu que, caso
os dois pemedebistas sejam candidatos, o PT apoie o que for indicado
oficialmente. “A tendência é que votemos no candidato oficial. Por isso,
nosso desejo é que eles possam se entender. São dois senadores que têm
muito a contribuir como Parlamento.”
Fonte: Agência Brasil
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