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11 DE junho, DIA DA BATALHA NAVAL DE RIACHUELO

sábado, 15 de junho de 2013

Marinha recebe 2º Navio-patrulha oceânico

Revista Portos e Navios

Terceiro está em fase de testes e chega ao Brasil no segundo semestre



O ‘Apa’, assim como os demais da classe “Amazonas”, foi construído pelo estaleiro
britânico BAE Systems – Naval Ships. O pacote tem custo de R$ 360 milhões
Após atracar na cidade de Rio Grande (RS) no início de maio, vindo de uma viagem de cerca de dois meses de trânsito pela costa africana, o navio-patrulha Oceânico (NPaOc) Apa chegou no dia 24 de maio em seu porto sede: Rio de Janeiro (RJ). Depois de incorporado à Marinha do Brasil, no dia 11 de março em Portsmouth, no Reino Unido, o navio fez escala em Portugal, Espanha, Mauritânia, Senegal, Gana, Angola e Namíbia. Durante a sua viagem para o Brasil, pode interagir com as Marinhas dos países africanos visitados, realizando exercícios conjuntos, como por exemplo, treinamento antipirataria.

Ele é o segundo e uma série de três da classe “Amazonas” construída pelo estaleiro britânico BAE Systems – Naval Ships. Foi uma compra de oportunidade: as embarcações inicialmente haviam sido encomendadas pelo governo de Trinidad e Tobago em um contrato assinado em 2007. Em 2010 o negócio foi desfeito e em 2011 a Marinha do Brasil fechou a compra por cerca de R$ 360 milhões.


COMANDANTE JULIO SOARES DE MOURA NETO
A Marinha planeja construir 12 navios iguais a estes

O contrato inclui ainda uma licença de construção de futuros navios da mesma classe, no Brasil. Segundo o Comandante da Marinha, Julio de Moura Neto, a Marinha planeja construir 12 navios iguais a estes. O contrato com a BAE Systems prevê o pagamento de royalties pela transferência de tecnologia até a construção do 4º navio. Ainda não há previsão sobre quando a Marinha lançará edital para estas obras, que serão feitas em estaleiros privados brasileiros. O comandante da Marinha garantiu que todos terão mais de 50% de itens fabricados no Brasil. 

A construção do Apa teve início em setembro de 2008 e foi finalizada em julho de 2010. O primeiro navio-patrulha a ser incorporado foi o Amazonas, em junho de 2012 e o terceiro e último, o Araguaia, está em fase de testes e chega ao Brasil no segundo semestre. Este segundo NpaOc recebeu o nome de um importante rio da região do Pantanal, o Apa, que delimita a fronteira entre o Brasil e o Paraguai, cuja bacia hidrográfica tem cerca de 12 mil quilômetros quadrados em território brasileiro. 

O projeto da classe Amazonas, com 90 metros de comprimento e 1.800 toneladas de peso, se baseia nos navios de patrulha oceânica da classe “River”, pertencentes à Marinha Britânica. Os navios são equipados com um canhão de 30 mm e duas metralhadoras de 25 mm,com capacidade para 200 tiros e duas metralhadoras de 12,7 mm com capacidade para 500 tiros. A velocidade máxima é de 25 nós com autonomia de 35 dias. A capacidade de armazenamento é de seis contêineres de 15 toneladas. O sistema de propulsão é formado por dois motores MAN 16V28/33D de 7.350 HP e quatro geradores Carterpillar, sendo três de 550 Kw e um diesel gerador de emergência Carterpillar de 200 Kw. As embarcações tem capacidade para 51 militares e acomodação adicional para 40 pessoas, tantos tropas como simples passageiros, como pessoas evacuadas de uma área. Dispõem ainda de dois botes rígidos infláveis e um convés para pouso e decolagem de helicóptero. 

Segundo o Comandante Moura Neto, a aquisição dos três navios-patrulha agrega importante valor para que a Marinha possa intensificar as ações de patrulha e inspeção naval, voltadas à segurança do tráfego aquaviário, prevenção da poluição ambiental e aumento da capacidade de Busca e Salvamento (SAR), ao longo da extensa área marítima sob responsabilidade do Brasil. O foco principal é o patrulhamento da chamada “Amazônia Azul” operando, principalmente, na região das bacias petrolíferas dos estados do Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Esses dois primeiros navios iniciarão seus trabalhos ajudando na segurança durante a Copa das Confederações, ficando o Apa no Rio de Janeiro e o Amazonas em salvador. 

Ainda segundo o Comandante da Marinha, o Programa de Obtenção de Navios de Superfície (PROSUPER) prevê a aquisição de 27 navios-patrulhas de 500 toneladas. Sete deles já estão em operação e cinco em construção. Os outros 20 deverão ser encomendados em estaleiros privativos no Brasil, mas a licitação para o primeiro lote ainda não tem data definida. Também no caso destes, a intenção da Marinha é ampliar ao máximo possível a participação de fornecedores nacionais. 

Ele informou ainda que a Marinha pretende construir quatro corvetas da classe Barroso, mas antes será preciso fazer uma revisão do projeto, que está defasado. A construção da primeira corveta deve ser inicialmente em 2014. 

Fonte: Sinopse do Comando da Marinha

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