24/06/2013 - 7h23
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Há mais de três décadas, desde a revolução islâmica em 1979, promovida pelos aiatolás, o Irã é alvo de isolamento político e econômico no cenário internacional. A situação se agravou em 2005, com a eleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Polêmico, o iraniano é criticado pelos comentários questionando a ocorrência do holocausto, o reconhecimento do Estado de Israel e a defesa do programa nuclear.
Desde 2006, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) impõe sanções ao Irã em decorrência do programa de energia nuclear. Para a ONU, há indícios de produção de armas nucleares. Essa suspeita é negada pelo governo.
A eleição de Hassan Rouhani aumenta a expectativa sobre o futuro do programa nuclear. O presidente eleito indicou que acredita ser possível que o Irã mantenha o programa nuclear e, ao mesmo tempo, tranquilize as potências mundiais.
Na economia, o Irã se destaca na produção de petróleo e mineração. Em 2003, o aumento do preço do barril de petróleo beneficiou o país que, à época, utilizou o dinheiro para programas sociais. Os poços de petróleo estão localizados próximos ao Golfo Pérsico. A Petrobras tem escritório fixo em Teerã e atua em projetos no país.
No entanto, os iranianos têm planos de ampliar o desenvolvimento de vários aspectos de sua economia, em parceria com o Brasil, por exemplo. A agricultura é baseada na cultura de trigo, cevada, centeio, milho, sorgo e algodão. A pecuária se concentra na produção de carne bovina, de frango e de cabra. A pesca ocupa também importante papel na economia.
Internamente, a população iraniana sofre com os impactos das sanções internacionais. A inflação atinge o país e causa efeitos intensos sobre os alimentos. O desemprego, segundo a imprensa internacional, atingiu 12% da população.
Paralelamente, a comunidade internacional espera do novo governo respostas às demandas sobre direitos humanos, por exemplo. Há informações de que existem cerca de 800 prisioneiros políticos no Irã, detidos por motivos políticos ou religiosos. Também há expectativa sobre o fim do isolamento em que se encontra o país.
Edição: Graça Adjuto
Fonte: Agência Brasil
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