Pensando no uso abusivo de armas de fogo, o Departamento de Química da Universidade de Brasília (UnB), criou uma ferramenta de apoio a peritos da polícia para a investigação de crimes que envolvem o uso destas armas. Trata-se de técnica que permite a caracterização rápida e fácil de resíduos de tiro feito pela perícia de policiais.
A caracterização é uma evidência para imputar a responsabilidade e atribuir punições no âmbito forense, uma vez que os resíduos de tiro são usados no âmbito pericial para determinar se uma pessoa deu um tiro ou se estava no local do disparo.
O sistema usa materiais luminescentes misturados à munição, que, expostos à luz ultravioleta, marcam o atirador e a cena do crime e facilita o trabalho dos peritos. Os testes com os marcadores apresentam índices próximos a 100%.
Ingrid Weber, coordenadora do Projeto de Desenvolvimento de Marcadores de Resíduos de Tiros e Codificações de Munições da UnB explica que “sempre que é feito um disparo, uma série de resíduos é espalhada.”
Os resíduos trazem informações químicas que são analisadas pela polícia. Não é fácil coletar e analisar estes resíduos. Hoje, a Polícia realiza a “coleta cega”: recolhe material nos locais com maior probabilidade de encontrar os resíduos.
Com os marcadores, a polícia pode ver os resíduos, o que facilita a coleta. Além disso, é possível análises mais simples e confiáveis do que as que as tradicionais. Os marcadores permitem identificar os resíduos gerados por munições livres de chumbo. As munições livres de chumbo são menos tóxicas que as tradicionais e foram desenvolvidas para preservar a saúde de policiais e militares, visto que o chumbo é um metal tóxico.
Saiba Mais
No Brasil, não há lei que regulamente a marcação de munições. Há um projeto no Congresso que quer tornar obrigatória a marcação.
Este projeto não define a forma, mas a necessidade de ter meios para identificar e rastrear as munições e os resíduos por elas gerados.
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