24/06/2013 16:15:31
Feira que acontece em Macaé apresentou, entre outras soluções, produtos, serviços, conferências e estudos para a atividades offshore
Rio - Líder em exploração de petróleo offshore em águas profundas, o Brasil tem atraído empresas mundiais para suprir a produção atual e as futuras, oriundas das recentes descobertas do pré-sal. Com características próprias, as bacias brasileiras têm ditado o ritmo das inovações e P&D da indústria do setor em todo o mundo.
Grupos multinacionais produzem produtos de acordo com a necessidade do mercado. Nesse cenário, onde o tempo para a construção de novas plataformas se torna impraticável, o revamp, ou reforma dessas unidades, é uma tendência entre as petroleiras.
Durante o primeiro dia da Brasil Offshore, companhias nacionais e internacionais puderam conhecer melhor empresas especializadas em serviços de retrofit de plataformas. Um dos grandes destaques da feira nesse sentido foi a FMC Technologies, especializada em soluções inovadoras para adaptação tecnológica de plataformas antigas.
De acordo com Shivi Awasthi, gerente da FMC no Brasil, a empresa oferece produtos e serviços que podem aumentar em até duas vezes a capacidade de produção de uma unidade antiga, sem interferir em seu tamanho ou peso. É o caso dos sistemas de separação de sedimentos, que tornam o processo de divisão do óleo, água e areia muito mais eficaz. Além disso, o sistema de separação ajuda a tratar a água produzida, devolvendo-a para o mar dentro de níveis aceitáveis de óleo.
Já a Palfinger Dreggen, de guindastes, faz a adaptação de novos equipamentos para plataformas antigas, que necessitam de novos levantadores. Através de uma joint venture com a brasileira Koch, a Dreggen já investiu mais de R$12 milhões em uma fábrica no sul do Brasil, a fim de preparar sua produção para a demanda do setor nos próximos anos.
Novas tecnologias nas plataformas também são sinônimo de sustentabilidade
Para atender as exigências ecológicas durante a extração de óleo, empresas como a Wärtsilä, criaram soluções para diminuir o impacto das plataformas no meio ambiente. O Gas Reformer, desenvolvido pela empresa finlandesa, utiliza gases derivados da exploração de petróleo como fonte de energia autossustentável para a operação offshore.
Segundo Rodrigo Brito, da divisão de Ship Power da empresa, o sistema filtra gases de pouca qualidade, como o metano, que são reaproveitados na produção de energia, que é devolvida para essas plataformas, diminuindo o gás de queima (flare).
Tanto o gás flare quanto os hidrocarbonetos pesados podem ser utilizados como combustível para os motores Dual Fuel desenvolvidos pela Wärtsilä para a geração de energia elétrica a bordo das instalações offshore. A tecnologia Gas Reformer foi premiada na OTC, conferência realizada no início de maio, em Houston (EUA), como um dos destaques do ano (Spotlight Award). A primeira plataforma equipada com a solução começou a ser construída em 2012, na China.
Outra iniciativa da Wärtsilä para o retrofit de plataformas antigas foi a abertura de uma nova oficina, que fica localizada em Niterói, Rio de Janeiro, para atender com mais eficiência a crescente demanda por reparo de equipamentos.
A nova unidade centraliza esse tipo de serviço, colocando-o mais próximo ao polo da atividade petrolífera do estado, a Bacia de Campos. A unidade, que contará com laboratórios de automação e injeção eletrônica, além de uma área dedicada a propulsores navais, dobrou a capacidade operacional da Wärtsilä no estado.
FONTE: O DIA ONLINE
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