26/11/2013 - 11h26
Saúde
Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A partir desta semana o teste do pezinho, exame feito em todos os recém-nascidos, incluirá a detecção precoce de mais duas doenças.O teste disponível atualmente permite a identificação do hipotiroidísmo congênito, fenilcetonúria, anemia falciforme, fibrose cística e outras hemoglobinopatias. O novo teste detectará hiperplasia adrenal congênita e deficiência biotinidase.
A hiperplasia adrenal congênita faz parte de um grupo de doenças genéticas em que as duas glândulas suprarrenais, situadas acima dos rins não funcionam corretamente. Já a deficiência biotinidase pode causar convulsões, falta de equilíbrio, lesões na pele, perda de audição e retardo no desenvolvimento.
Segundo a coordenadora estadual do Programa Nacional de Triagem Neonatal de São Paulo, Carmela Maggiuzzo Grindler, o sistema de coleta do exame continuará o mesmo. O que muda é a metodologia laboratorial das análises. Grindler ressalta que as doenças detectadas são crônicas, genéticas e incuráveis. “Quando identificadas e tratadas precocemente, aumentamos a chance de sobrevida normal, de integração social e de preservação da capacidade cognitiva e da qualidade da vida dos pacientes”.
O teste do pezinho foi implantado em 2001 em todo o estado de São Paulo e atualmente em 70% dos casos, a coleta para o exame é feita dentro da própria maternidade, seja ela pública ou privada. Todas as famílias recebem orientação sobre o tempo ideal para a realização do teste, que deve ser coletado entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê. Os exames coletados são encaminhados para o Serviço de Referência de Triagem Neonatal (Laboratório do Teste do Pezinho). Quando um resultado é positivo para uma das doenças a família é comunicada e a criança será submetida a um novo teste. Se o diagnóstico for confirmado o recém-nascido será encaminhado para serviço especializado.
De acordo com a Secretaria de Saúde nascem hoje, em média, 600 mil crianças no estado de São Paulo por ano. A triagem neonatal atinge 100% dos recém-nascidos (sendo 84% pelo SUS e 16% pela área privada). Existem no território paulista 3.500 postos de coleta do teste do pezinho em maternidades e unidades básicas de saúde.
Edição: Valéria Aguiar
Fonte: Agência Brasil
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