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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Especialistas apontam desafios da Política Nacional de Defesa

SEGURANÇA

06/08/2014 - 20h27Atualizado em 06/08/2014 - 21h49

Audiência debateu a nacionalização de armamentos, o estímulo de acordos internacionais para transferência de tecnologia e a importância do direcionamento de recursos para produtos estratégicos.
Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a transferência de tecnologia e nacionalização da produção de Defesa
Comissão promoveu audiência com coordenadores de diversos programas do Ministério da Defesa.
Especialistas e deputados apontaram a soberania sobre a vasta costa litorânea brasileira e a capacidade de desenvolver produtos de alto valor tecnológico como desafios para a Política Nacional de Defesa. O tema foi debatido em audiência promovida nesta quarta-feira (6) pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

O chefe da seção de Planejamento, Integração e Controle do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa, coronel Álvaro Koji Imai, falou sobre o desenvolvimento do submarino nuclear, considerado "elemento vital" tanto para o poder de dissuasão militar quanto para a economia civil.

"A ciência e a tecnologia geram dissuasão, então, para o Brasil não interessa comprar o equipamento pronto, é importante ter a capacidade produtiva para poder garantir a prontidão das forças. O desenvolvimento da nossa base industrial de defesa vai gerar o desenvolvimento do País", disse Koji.

Segundo o coordenador-geral do Programa de Submarinos (Prosub), almirante Gilberto Max Roffé Hirschfeld, o projeto abrange a construção de cinco submarinos – entre estes um de propulsão nuclear. O desenvolvimento do submarino nuclear é fruto de parceira entre a França e o Brasil.

O almirante destacou que o projeto foi elaborado por especialistas brasileiros, com características que o diferenciam do modelo francês, como a extensão – 100 metros de comprimento. O projeto reúne cerca de 300 profissionais em Itaguaí, no Rio de Janeiro, e "contribui para gerar cerca de 8 mil empregos e para preservar a fauna marítima, com a retirada do aterro contaminado", afirma Hirschfeld.

Desenvolvimento de míssil
Para o brigadeiro-do-ar José Augusto Crepaldi, a parceria entre a África do Sul e o Brasil no desenvolvimento do míssil A-Darter pode ajudar o País a superar as deficiências tecnológicas em armamentos. "Esse projeto visou capacitar a indústria nacional no desenvolvimento do míssil de quinta geração”, afirmou.

“O projeto prevê o custeio pelo Brasil de apenas ¼ do custo total, mas vamos ter acesso às tecnologias envolvidas e, principalmente, vamos reproduzir a produção desse míssil no Brasil, que é o grande objetivo”, disse Crepaldi.

Segundo ele, o acordo entre a África do Sul e o Brasil é benéfico para ambos os países. "Os sul-africanos dominam o setor de armamentos e carecem de recursos, enquanto os brasileiros têm condições de investir, mas carecem de tecnologia", declarou.

Para Crepaldi, o desenvolvimento dos mísseis de quinta geração vai proporcionar o "spin-off" – efeito multiplicador do desenvolvimento tecnológico – capaz de estimular novas empresas a participarem da cadeia produtiva do sistema de defesa.

Veículo Lançador de Satélites
O deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) ressaltou a necessidade de canalizar recursos para projetos prioritários de defesa, como é o caso do Veículo Lançador de Satélites (VLS).

"O Brasil precisa dominar a tecnologia de fazer lançamentos com êxito, ou seja, levar o objeto para o alto, fazer um lançamento exitoso. Quando o Brasil dominar essa tecnologia, nós iremos discutir quais os tipos de satélites, qual a tonelagem. O Brasil está prestes a dominar essa tecnologia, que poucos países detêm. Nós podemos trabalhar para determinar os recursos necessários ao projeto", afirmou o deputado.

Fonte: Agência Câmara de Notícias


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