04/11/2013
Após denúncia, empresa diz que não quis dar "informações incompletas"
A OGX, empresa de petróleo de Eike Batista que pediu recuperação judicial semana passada, informou ontem que estudos preliminares feitos em 2012 apontavam para um volume de petróleo recuperável (economicamente viável) menor que o divulgado nos campos que mantém da Bacia de Campos, entre eles Tubarão Azul, que desde julho interrompeu a produção. Segundo a companhia, estes estudos não foram divulgados imediatamente porque decidiu-se investigar mais profundamente os dados, devido à discrepância entre as informações preliminares.
Ontem, reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" revelou que a equipe técnica da OGX tinha em mãos relatórios que mostravam que o volume recuperável das reservas dos principais campos da Bacia de Campos somavam 315 milhões de barris, equivalente a 17% do que se havia divulgado. No caso de Tubarão Tigre, Areia e Gato, relatório a que o jornal teve acesso aponta para a incertezas quanto à produtividade dos campos já em 2012. Ainda assim, os três tiveram sua comercialidade declarada em março de 2013. Três meses depois, foram declarados de fato inviáveis.
A OGX diz que "sempre manteve o mercado informado com informações atualizadasobre os projetos de produção tão logo as análises foram concluídas, evitando a divulgação de informações incompletas". Diz ainda que "realizou uma série de estudos, tais como viabilidade técnica e econômica de instalações de produção, análise dos poços de Tubarão Azul e reprocessamento de dados sísmicos, estudos realizados em parceria com especialistas de outras empresas, para chegar aos resultados que atestaram a inviabilidade atual dos campos em questão"
Fonte: O Globo/Portal ClippingMP
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