Ana Paula Machado (amachado@brasileconomico.com.br)
27/07/12
Problemas de infraestrutura no Porto de Santos, entretanto, impedem que embarcação transite com sua capacidade máxima; Brasil representa 25% dos negócios globais da companhia alemã.
A alemã Hamburg Süd cogita reduzir o ritmo de investimentos no mercado brasileiro.

O presidente do conselho executivo do armador, Ottmar Gast, frisou que há uma necessidade de um empenho maior das autoridades que administram os portos brasileiros.
"Já investimos aproximadamente US$ 3,7 bilhões para atender ao mercado brasileiro nos últimos 10 anos. Esse montante foi aplicado em terminais, novos navios e aquisição de contêineres. Porém, os portos brasileiros ainda não conseguem abrigar embarcações de maior porte", afirmou Gast.Supernavio
Para se ter uma ideia, a companhia começou a operar no Brasil embarcações de 7,1 mil TEUs (medida de contêiner padrão), consideradas de grande porte.
Entretanto, o calado do Porto de Santos, o maior da América Latina, é de 12,8 metros, o que impede que um navio da chamada classe Santa opere com sua capacidade máxima de carga, que exige um calado de pelo menos 13,5 metros.
O calado é o termo técnico que define a profundidade de um porto entre a superfície da água e o fundo do casco da embarcação. O Santa Ursula vai operar na rota que liga o Brasil à África do Sul e à Ásia.
"O calado pequeno limita a operação no porto", enfatiza o diretor superintendente da Hamburg Süd Brasil, Julian Thomas. Atualmente, o serviço no Brasil representa 25% dos negócios do grupo no mundo. É o maior mercado para a companhia.
O segundo, de acordo com Thomas, é a Ásia com 20% do volume transportado. No ano passado, o grupo movimentou o equivalente a 3,1 milhões de TEUs.
A Hamburg Süd encomendou 10 navios da classe Santa especialmente para o serviço da Costa Leste da América do Sul, que está incluído o país.
Além desses navios, o armador alemão está construindo outras seis embarcações de 9,6 mil TEUs que serão entregues em meados de 2013. Essas embarcações foram encomendadas ao estaleiro sul-coreano Hyundai e devem entrar em produção ainda este ano.
Já as embarcações da Classe Santa foram construídos pelo estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, também com sede na Coreia do Sul. A companhia receberá os dois últimos pedidos em breve.
A companhia realiza o serviço no Brasil em conjunto com o armador Maersk, que também fez a encomenda de outros 10 navios da Classe Santa. Antes da operação das super embarcações, o serviço da Costa Leste da América do Sul/ Ásia era operado com 12 navios com capacidade de transporte de 5,9 mil TEUs.
A troca por embarcações maiores elevou em 21% o volume transportado na rota. Hoje a companhia opera uma frota de 40 equipamentos que atendem a sete serviços de transporte no país.
Fonte: Brasil Economico
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