07/09/2013 - 19h45
- Nacional
Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A polícia recolheu hoje (7) um artefato lançado no
prédio da Sociedade Viva Cazuza, que fica na Rua Pinheiro Machado, em
frente ao viaduto onde a polícia dispersou os manifestantes com bombas
de gás lacrimogêneo e jatos de água.
De acordo com o tenente-coronel Mauro Andrade, será investigada a
origem do artefato, aparentemente uma bomba de efeito moral.
"Apreendemos pessoas com spray de pimenta, que tem venda proibida no Brasil, esse artefato é do mesmo fabricante".
Ele disse que, aparentemente, não houve agressão por parte dos
manifestantes e atribui o uso do gás lacrimogêneo a uma falha na
comunicação. "Os manifestantes estavam ali (na Rua das Laranjeiras, sob o
viaduto que dá acesso ao Túnel Santa Bárbara) parados com a polícia,
sem nenhuma animosidade, gritando palavras de ordem contra a situação
política. E nós abrimos para eles seguirem em direção ao Cosme Velho
que, parece, era o que queriam".
De acordo com Andrade, a falta de lideranças no grupo de
manifestantes dificulta o diálogo para planejar a ação policial. "Não há
uma liderança, não tem com quem a gente conversar, essa movimentação às
vezes é rápida, eles subiram rapidamente e alguns policiais que estavam
lá na ponta podem ter se assustado com aquela multidão chegando, sem
ter sido avisados, não sabiam se era para deixar passar".
A maioria dos manifestantes já deixou a Pinheiro Machado e os
bloqueios policiais começam a ser desfeitos, mas o trânsito ainda não
foi liberado na rua.
Edição: Graça AdjutoFonte: Agência Brasil
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